Em entrevista à CNN Brasil, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, avaliou o papel do Brasil na presidência da COP30, destacando a necessidade de mobilização internacional em torno das questões climáticas. Silva frisou que, enquanto o governo brasileiro trabalha para resolver questões internas, o país já está progredindo em áreas-chave para o evento.
A ministra declarou: “Estamos em uma agenda dinâmica e atuando nas principais pilastras da COP. Isso inclui as negociações essenciais sobre temas como o mapeamento da meta de 1,3 trilhão de dólares ao ano e as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). A mobilização é igualmente crucial.”
Desafios e Expectativas para a COP30
Agendada para novembro de 2023, a COP30 ocorrerá em um contexto de crise climática e exigirá habilidades de negociação dos líderes brasileiros, especialmente em relação a pendências de conferências anteriores. Silva enfatizou a importância de uma agenda robusta de implementação, com foco em recursos e na elaboração de um plano de ação para atingir as metas estabelecidas na próxima década.
Além disso, a ministra abordou temas fundamentais, como a adaptação aos impactos das mudanças climáticas, a agenda de perdas e danos para regiões mais vulneráveis e a transição para a redução do uso de combustíveis fósseis e do desmatamento.
Inovações no Financiamento de Florestas
Um dos pontos destacados por Marina Silva foi a proposta de um fundo global destinado à preservação de florestas. “Esse fundo permitirá apoio financeiro a quem conserva florestas protegidas, uma iniciativa inovadora que pela primeira vez beneficiará aqueles que não desmatam”, afirmou.
A respeito dos 1,3 trilhão de dólares mencionados, a ministra ressaltou a intenção de desenvolver um roteiro claro para acessar esses recursos, buscando formas disruptivas de financiamento. Este é um aspecto crítico para o Brasil, que enfrenta o desafio de aumentar a adesão global ao mesmo tempo em que combate o desmatamento na Amazônia.