O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que seu governo está em negociações com a China para estabelecer um acordo tarifário. Em entrevista à revista Time, publicada na sexta-feira (25), Trump revelou que o presidente chinês, Xi Jinping, o contatou por telefone para discutir o assunto.
Howard Lutnick, secretário de Comércio dos EUA, além de outros altos representantes do governo, confirmaram as conversas, embora Pequim tenha contestado essa afirmação. Trump destacou que não considera a abordagem de Xi como um sinal de fraqueza, antecipando a divulgação de um conjunto de acordos nas próximas três a quatro semanas. Ele afirmou: “Haverá um número com o qual eles se sentirão confortáveis, mas não podemos deixá-los ganhar um trilhão de dólares conosco”.
Nesta mesma sexta-feira, a China anunciou a isenção de algumas importações dos Estados Unidos de uma tarifa de 125%, solicitando às empresas que identifiquem produtos essenciais que precisem ser desobrigados dessas taxas. Essa ação é vista como uma resposta às crescentes preocupações de Pequim sobre os impactos econômicos da guerra comercial, refletindo um desejo de abrandar as tensões.
As discussões entre as duas maiores economias globais indicam que ambas estão buscando controlar seu conflito, que até agora congelou uma parte significativa do comércio bilateral, aumentando os receios de uma recessão global. Vale ressaltar que a China não divulgou oficialmente quais isenções serão aplicadas.
Na quinta-feira (24), a comunicação entre Trump e Pequim revelou versões distintas sobre uma potencial trégua. Enquanto Trump se declarou a favor de um “acordo justo”, o porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, fez uma analogia, dizendo que um acordo na atual circunstância seria como “tentar pegar o vento”, enfatizando que as negociações devem ocorrer com base no respeito mútuo e em condições equitativas.