O Brasil se posiciona como líder na descarbonização da economia global, com ênfase no setor de biocombustíveis. Como anfitrião da próxima Conferência Mundial do Clima, a COP30, que ocorrerá em novembro de 2024, em Belém do Pará, o país demonstra um vasto potencial, não apenas para reduzir a pegada de carbono, mas também para fomentar a criação de empregos.
Os biocombustíveis, originados de matérias-primas como cana-de-açúcar, soja e milho, são uma opção mais sustentável em relação aos combustíveis fósseis, uma vez que sua produção agrícola captura o CO2 durante o crescimento das plantas.
Impacto Econômico e Geração de Empregos
Em 2023, o setor de bioenergia movimentou aproximadamente US$ 320 bilhões, representando 10% do crescimento do PIB mundial. No segmento de biocombustíveis, foram gerados 2,8 milhões de novos empregos, integrados a um aumento total de 18% no setor, que criou 16,2 milhões de novas vagas.
Dados da Agência Internacional de Energia indicam que a demanda global por biocombustíveis deve crescer cerca de 22% até 2027, colocando os países do sul global, especialmente o Brasil, em posição de destaque, devido às suas condições agrícolas e climáticas favoráveis.
Diversificação e Inovação no Setor
O Brasil avança além dos biocombustíveis convencionais, investindo em alternativas inovadoras como os eletrocombustíveis, produzidos a partir do hidrogênio verde, e o biometano, oriundo do biogás. Essas opções estão alinhadas ao conceito de economia circular e proporcionam soluções sustentáveis para diversas indústrias, incluindo o transporte marítimo.
A produção de combustíveis sustentáveis para a aviação também faz parte das iniciativas em andamento, que visam acelerar a descarbonização em nível global. Essas ações não apenas contribuem para a diminuição das emissões de carbono, mas também solidificam a posição do Brasil como um protagonista na transição para uma economia mais verde e sustentável.