Paralisação do governo dos EUA completa 6 dias e ameaça demissões

A paralisação do governo dos Estados Unidos completou seis dias nesta segunda-feira, com os republicanos e democratas em um impasse. Os líderes do Senado, que são republicanos, devem votar novamente para financiar as agências federais. Duas propostas estão em pauta: uma do partido republicano, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados e permitiria o funcionamento do governo até 21 de novembro, e outra alternativa dos democratas. Porém, ambas as medidas provavelmente não conseguirão os 60 votos necessários para serem aprovadas.
Em uma declaração no domingo à noite, o presidente Donald Trump comentou sobre a possibilidade de demissões em massa de funcionários federais devido à paralisação. Ele afirmou que isso já está acontecendo e culpou os democratas pela falta de acordo. A Casa Branca alertou que milhares de funcionários podem perder seus empregos caso a situação continue.
O diretor de orçamento do governo, Russell Vought, já suspendeu cerca de 28 bilhões de dólares em investimentos em infraestrutura em estados como Nova York, Califórnia e Illinois, onde os líderes são, em sua maioria, democratas e críticos de Trump.
Além disso, Trump e seus aliados republicanos têm utilizado redes sociais para atacarem seus oponentes democratas. Foram divulgados vídeos que imitavam a aparência e o comportamento de figuras políticas, apelando para estereótipos mexicanos, o que gerou controvérsia e descontentamento.
Os líderes democratas, por sua vez, não demonstram disposição para ceder às táticas do governo, o que preocupa alguns republicanos mais centrados. Esses últimos temem que o comportamento agressivo possa dificultar ainda mais a resolução do impasse.
O líder da minoria na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, criticou a forma como as negociações têm sido feitas, mencionando o uso de vídeos manipulados e a ausência de discussões produtivas.
Essa paralisação é a 15ª desde 1981 e agora empata com a quarta mais longa da história dos Estados Unidos, igualando-se à paralisação de 1995, que durou seis dias. A interrupção mais longa aconteceu entre 2018 e 2019 e durou 35 dias durante o primeiro mandato de Trump.