Na terça-feira, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) anunciou uma nova medida que limita as operações de crédito relacionadas ao saque-aniversário do fundo. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, avaliou essa decisão como positiva. Ele argumenta que essa mudança permitirá que os recursos do FGTS sejam usados para suas finalidades originais.
Correia destacou que, desde a criação do FGTS, sua principal função é proteger os trabalhadores em casos de demissão, doenças ou calamidades, além de ajudar no financiamento de habitação, saneamento e mobilidade. Ele enfatizou que o uso do FGTS deve permanecer dentro desses parâmetros, pois qualquer desvio compromete a eficácia do fundo. O presidente da CBIC reforçou que o Brasil enfrenta um déficit habitacional significativo, e a destinação correta desses recursos é crucial.
Com a nova normativa, a antecipação de valores do saque-aniversário do FGTS será limitada a um teto de R$ 500, com um piso de R$ 100. Além disso, o número de operações permitidas por ano também será restrito, limitando-se a uma única operação anual.
Correia ainda alertou que, segundo dados, cerca de 75% do dinheiro antecipado acaba nos bancos, enquanto apenas 25% fica com o trabalhador. Essa realidade pode criar uma falsa sensação de que o uso do FGTS resolve problemas de endividamento. O presidente da CBIC finalizou dizendo que, com as mudanças, espera-se um uso mais eficaz dos recursos, beneficiando realmente aqueles que precisam.
