Em outubro, a confiança dos consumidores brasileiros registrou um avanço pelo segundo mês consecutivo, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,0 ponto, alcançando 88,5 pontos.
Esse aumento na confiança é um sinal de recuperação gradual, que teve início em março de 2023, após perdas observadas no final do ano passado. A economista Anna Carolina Gouveia, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, ressaltou que este resultado é fruto de uma percepção mais positiva sobre a situação econômica atual e expectativas futuras, especialmente entre as famílias de menor renda.
Os índices que compõem o ICC também mostraram crescimento. O Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE) aumentaram 1,0 ponto, atingindo 83,0 e 92,8 pontos, respectivamente. Dentro do ISA, a avaliação sobre a situação econômica local atual cresceu 2,3 pontos, chegando a 95,5 pontos. No IE, a expectativa sobre a situação econômica futura também subiu 2,3 pontos, atingindo 106,9 pontos, o maior nível desde outubro de 2022.
Esses dados indicam que os consumidores estão percebendo uma melhora em suas condições, em grande parte devido à manutenção do emprego e da renda, além de uma diminuição da inflação nos últimos meses. No entanto, a economista Gouveia alerta que altos índices de inadimplência e a taxa de juros elevada dificultam uma recuperação mais significativa da confiança.
Atualmente, a taxa básica de juros, estabelecida em 15%, permanece inalterada. O Banco Central comunicou que essa é uma nova fase da política monetária, que deve se manter estável por um período prolongado na busca pela meta de inflação.
