O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou na segunda-feira, 6 de novembro, que o objetivo da instituição é manter a inflação em um nível tão baixo que não influencie as decisões econômicas da população. Segundo Galípolo, esse é o papel fundamental do Banco Central, e a meta estabelecida é de uma inflação de 3%.
Durante um evento da Fundação FHC em São Paulo, ele destacou a importância de que as decisões do Banco Central sejam baseadas em normas e na política monetária, em vez de depender de fatores pessoais. Galípolo comentou que o ideal seria que as reações do mercado e da sociedade a ações do Banco Central fossem cada vez menos ligadas à quem ocupa a liderança da instituição. Dessa forma, ele acredita que o país se beneficiará.
Sobre a política monetária, Galípolo explicou que a manipulação das taxas de juros para controlar a inflação tem um efeito defasado na economia. Para ilustrar essa ideia, ele fez uma comparação com um paciente que precisa de tratamento em caso de doença. Galípolo disse que não se deve iniciar um tratamento com antibióticos logo no primeiro dia de sintomas. É necessário acompanhar a evolução do quadro para entender a reação do paciente e ter paciência antes de interromper a medicação ao notar que ele está melhorando.
Essas declarações refletem o compromisso do Banco Central com a estabilidade econômica e a determinação de agir com responsabilidade na recuperação do poder de compra e na confiança do consumidor.
