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Previdência privada e carteiras de investimento: conheça estratégias

A aposentadoria deixou de ser apenas um tempo de descanso e agora representa uma nova fase na vida das pessoas, especialmente devido ao aumento da expectativa de vida. Nesse novo cenário, é fundamental que os aposentados tenham uma boa segurança financeira para aproveitar esse período com confortos, como viagens e passeios com a família, principalmente com netos. Para isso, um planejamento financeiro adequado é necessário.

A importância de começar o planejamento da aposentadoria cedo é ressaltada por especialistas. Quanto mais cedo as pessoas começam a economizar, menor será o valor mensal que precisarão destinar para acumular recursos suficientes. O perfil do investidor é apenas um dos fatores a serem considerados ao investir para a aposentadoria. Elementos como tempo disponível, prazo e a importância do dinheiro para a vida da pessoa também são essenciais.

Por exemplo, se alguém tem um objetivo de curto prazo e alta importância, como um casamento que ocorrerá em um ano, o ideal é optar por investimentos de baixo risco, como títulos de renda fixa que garantirão a valorização do capital. Em contrapartida, para objetivos de longo prazo e menor importância, pode-se assumir riscos maiores.

A previdência privada é uma boa opção para compor o “núcleo” do planejamento de aposentadoria. Essa modalidade oferece gestão profissional e vantagens tributárias que podem ser bastante atraentes, como alíquotas de imposto de renda reduzidas para investimentos mantidos por mais de 10 anos. Assim, o investidor pode deduzir até 12% da renda bruta tributável na declaração anual.

Outro ponto positivo é que os fundos de previdência não entram em inventário, o que pode acelerar a transmissão dos recursos e evitar impostos que incidem sobre heranças. Contudo, é preciso estar atento aos detalhes do contrato, pois, em alguns casos, como no benefício vitalício, os valores não retornam para os familiares.

A diversificação do portfólio é também um aspecto importante a ser considerado. Investidores com perfil conservador geralmente optam por fundos de renda fixa e títulos públicos de longo prazo. Já aqueles que aceitam riscos mais elevados tendem a investir em ações e fundos imobiliários, acreditando que a valorização no longo prazo compensará as oscilações do mercado.

Nos últimos anos, novos produtos de investimento têm surgido no mercado, permitindo que os investidores adotem estratégias mais eficientes. Entre as opções estão os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra), que oferecem isenção tributária, e os Fundos de Investimento da Cadeia Produtiva do Agronegócio (Fiagros), que também são atraentes sob o aspecto tributário. Outros produtos, como o Tesouro RendA+ e ETFs (Exchange Traded Funds), têm facilitado o acesso aos investimentos, incluindo para quem está se familiarizando com o mercado agora.

É recomendável que investidores montem uma carteira diversificada, unindo previdência privada a outros ativos, o que pode ajudar a maximizar a rentabilidade ao longo do tempo. Investir em diferentes geografias também é uma estratégia válida para reduzir riscos associados à instabilidade econômica local.

Apesar do foco em longo prazo, é aconselhável revisar periodicamente o planejamento de aposentadoria. Avaliações a cada seis meses ou, pelo menos uma vez ao ano, ajudam a ajustar a estratégia conforme mudanças na situação financeira, estilo de vida e os movimentos do mercado. Para aqueles que preferem não fazer essa revisão sozinhos, a consultoria de um profissional pode ser uma boa alternativa.

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