O presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que não vê grandes riscos de aumento significativo no desemprego ou na inflação nos Estados Unidos. Esses comentários foram feitos em um evento no Peterson Institute for International Economics e sugerem que o Fed pode equilibrar suas duas principais metas de política econômica enquanto considera novos cortes nas taxas de juros.
Barkin destacou que o recente corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros deve ajudar a manter o mercado de trabalho forte e, ao mesmo tempo, controlar a inflação, que ainda está acima da meta de 2% estabelecida pelo Fed. Ele fez suas declarações antes da divulgação dos últimos dados sobre a inflação das Despesas de Consumo Pessoal.
Embora Barkin não tenha direito a voto nas decisões sobre taxas de juros este ano e não tenha se posicionado sobre a possibilidade de um corte na reunião de outubro, ele expressou otimismo em relação à situação atual do mercado de trabalho e à inflação.
Ele mencionou um exemplo em seu distrito, onde duas empresas do setor alimentício enfrentaram dificuldades com a perda de funcionários devido a mudanças no status de imigração. No entanto, essas empresas conseguiram rapidamente preencher as vagas restantes, o que, segundo ele, indica uma certa instabilidade no mercado de trabalho, especialmente porque esses cargos não são considerados os mais atraentes.
Barkin também apontou que, embora as empresas queiram repassar os custos mais altos de importação aos consumidores, a resistência destes últimos pode limitar o impacto de novos impostos de importação na inflação. Isso ocorre porque muitos consumidores podem já estar enfrentando dificuldades financeiras devido a aumentos de preços anteriores, o que pode restringir o quanto estão dispostos a gastar.
Em resumo, Barkin acredita que, apesar das pressões, tanto no mercado de trabalho quanto na inflação, existem sinais de que a economia está se ajustando e que as mudanças no cenário atual podem não resultar em um aumento drástico no desemprego ou na inflação.
