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Trump considera Lula um “vencedor” e não Bolsonaro, afirmam fontes

Os altos preços da carne e do café, produtos importantes para as exportações brasileiras, influenciaram uma mudança na relação entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, essas questões de mercado não foram as únicas razões para essa reviravolta.

Fontes em Washington DC explicam que Trump decidiu se distanciar do ex-presidente Jair Bolsonaro, considerando que Lula está em uma posição mais forte para a reeleição. De acordo com essas análises, Trump evita se associar a líderes que ele vê como “perdedores”. Ao perceber que Bolsonaro não conseguiu o apoio que precisava, Trump procurou alinhamento com Lula, que se apresenta como um sobrevivente das adversidades.

A relação entre Trump e Lula foi destaque durante um encontro em Kuala Lumpur, onde Trump se mostrou interessado no período de prisão do presidente brasileiro. Ambos compartilham histórias de superação e sucesso, o que parece ter reforçado essa nova conexão. Trump se referiu a Lula como “vigoroso” e expressou admiração ao parabenizá-lo pelo aniversário.

Durante a coletiva antes da reunião, Trump foi questionado sobre Bolsonaro, mas respondeu de forma breve em solidariedade ao ex-presidente. Lula, por sua vez, procurou explicar que Bolsonaro e os outros réus envolvidos na “trama golpista” tinham amplo direito de defesa. Trump ouviu atentamente, sem contestar quando Lula descreveu as sanções que atingiram ministros do Supremo Tribunal Federal como injustas.

O comportamento de Trump ao longo de sua carreira política mostra um padrão: ele tende a menosprezar líderes e figuras públicas que considera perdedores e tem facilidade em mudar de posição em relação a aliados e adversários. Em 2015, por exemplo, Trump demonstrou desdém pelo senador John McCain, argumentando que não gostava de “perdedores”. Ele também fez comentários desdenhosos sobre soldados mortos na Primeira Guerra Mundial, o que gerou polêmica.

Trump frequentemente alterna entre o apoio e a crítica a outros líderes. Esta estratégia inclui em uma reaproximação com inimigos, além de romper com aliados. Em seu primeiro mandato, ele se distanciou de figuras como Steve Bannon, mas, com o tempo, a relação foi restabelecida.

Esse padrão de mudar de postura é evidente em sua relação com outros líderes internacionais, como o presidente da China, Xi Jinping. Inicialmente, Trump elogiava Xi, mas depois o vilanizou em função da pandemia de Covid-19. Sua flexibilidade em relação a alianças e estratégias é uma característica que Trump considera fundamental para seu sucesso e que seus apoiadores não veem como um problema. Eles valorizam essa adaptabilidade, que é a marca registrada de sua presidência.

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