IBC-Br registra crescimento em agosto após quedas, mas abaixo do esperado

A atividade econômica do Brasil registrou crescimento em agosto, rompendo uma sequência de três meses de queda. Segundo dados do Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é um indicativo do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,4% em relação a julho. Esse crescimento, porém, ficou abaixo do que os especialistas previam, que era uma alta de 0,6%. Além disso, em julho, houve uma retração de 0,52%, um número que foi ligeiramente corrigido em relação à estimativa anterior.
Comparando agosto de 2023 com o mesmo mês de 2022, o IBC-Br apresentou uma leve alta de 0,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, essa variação foi de 3,2%, levando em conta os dados não ajustados para sazonalidade. Ao analisar os componentes do IBC-Br, houve um aumento de 0,8% na indústria e de 0,2% no setor de serviços. No entanto, a agropecuária teve uma queda de 1,9%. Se desconsiderarmos esse setor, o índice totalizou uma subida de 0,4%.
Um fator que influenciou o cenário econômico em agosto foi a imposição de tarifas de 50% dos Estados Unidos sobre alguns produtos brasileiros, como carne, café, frutas e calçados. Apesar desse contexto, os resultados econômicos divulgados pelo IBGE mostraram desempenho positivo. A produção industrial no Brasil cresceu 0,8% em agosto em relação a julho, superando as expectativas. O setor de serviços também teve uma leve alta de 0,1%, mantendo uma tendência de crescimento por sete meses consecutivos. As vendas no varejo, por sua vez, aumentaram 0,2%, interrompendo uma sequência de quatro meses de baixa.
Além de fatores externos, a política monetária interna teve um papel importante. Em sua última reunião, o Banco Central optou por manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. O Banco esclareceu que essa decisão faz parte de uma nova fase da política monetária, que prevê a manutenção da Selic em níveis elevados por um período prolongado, com o objetivo de alcançar a meta de inflação.
Por fim, a pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, indicou que o mercado espera uma expansão do PIB de 2,16% em 2025 e de 1,80% em 2026. O IBC-Br é baseado em indicadores que representam a produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do volume de impostos sobre a produção.




