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Protestos no México deixam 120 feridos; veja o que se sabe

No último domingo, 16 de novembro, a Cidade do México registrou confrontos durante protestos que deixaram pelo menos 120 pessoas feridas, incluindo cem policiais. As manifestações tiveram como foco a violência e o governo da presidente Claudia Sheinbaum, que enfrentou críticas intensas.

Os protestos, que atraíram milhares de pessoas, foram organizados por grupos de jovens e se espalharam por outras cidades mexicanas. Os manifestantes exigiram respostas do governo em relação a crimes de grande repercussão no país, como o assassinato do prefeito de Uruapan, Carlos Manzo. Ele foi morto a tiros no início de novembro, após ter solicitado ações mais rigorosas contra os cartéis de drogas.

Durante as manifestações, os participantes derrubaram partes de uma barreira que protegia o Palácio Nacional, residência oficial da presidente. Em resposta, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. A segurança pública da Cidade do México informou que 20 pessoas foram presas, sendo acusadas de crimes como roubo e agressão.

Nos protestos, os manifestantes exibiram cartazes com a frase “Somos todos Carlos Manzo” em homenagem ao prefeito assassinado. Manzo se destacava por falar abertamente sobre a violência e as gangues em sua cidade, e frequentemente pedia ações enérgicas contra os cartéis armados que ameaçam a segurança local.

Sheinbaum, que tem tentado controlar a violência associada ao narcotráfico, afirmou que sua administração não apoiará uma nova guerra total contra as drogas, já que estratégias anteriores resultaram em um alto número de mortes no país. Recentemente, a presidente declarou que os protestos eram influenciados por interesses políticos e que sua manifestação estava sendo promovida por robôs online.

Apesar de manter uma aprovação popular superior a 70% no seu primeiro ano de governo e avanços no combate ao tráfico de fentanil, a presidente enfrenta críticas por não conseguir conter a violência generalizada e por contas com países vizinhos, especialmente após a recente decisão do Congresso do Peru, que declarou Sheinbaum “persona non grata”. Essa decisão ocorreu após o México conceder asilo à ex-primeira-ministra peruana Betssy Chávez, acusada de uma tentativa de golpe em 2022.

Os protestos refletem não apenas a insatisfação com o governo, mas também um chamado por medidas mais eficazes para combater a violência que afeta o cotidiano dos cidadãos.

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