Protestos na Europa contra a interceptação de ajuda a Gaza

A flotilha Global Sumud, que tentava levar alimentos e ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, foi interceptada por autoridades israelenses. Desde então, diversas manifestações ocorreram na Europa, a partir de quinta-feira, reunindo milhares de pessoas em cidades importantes como Roma, Paris e Londres. As autoridades israelenses afirmaram que todas as embarcações foram retiradas de circulação e iniciaram o processo de deportação de vários ativistas detidos, incluindo cidadãos brasileiros.

Na Itália, centrais sindicais organizaram uma greve geral na sexta-feira em apoio aos ativistas. A greve paralisou serviços nos portos e na rede ferroviária, gerando longos atrasos. Roma viu manifestações massivas, com cerca de 10 mil pessoas marchando nesta quarta-feira. Os manifestantes se reuniram em pontos icônicos da cidade, como próximo ao Coliseu, expressando indignação com a situação em Gaza.

Em várias cidades italianas, como Milão, Turim e Palermo, grupos se uniram, ergueram bandeiras palestinas e exibiram faixas com mensagens como “Palestina Livre” e “Parem a Máquina de Guerra”. A discussão sobre a flotilha Global Sumud foi acalorada, com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, chamando a iniciativa de “perigosa e irresponsável”.

A flotilha partiu de Barcelona no final de agosto, buscando estabelecer um corredor humanitário e acabar com a violência contra o povo palestino. Após uma operação de quase 12 horas, mais de 400 ativistas a bordo de 41 barcos foram detidos. Entre os detidos estavam personalidades conhecidas, como a ativista sueca Greta Thunberg.

Na Espanha, manifestantes se reuniram na Plaza de Les Drassanes em Barcelona, exigindo liberdade para Gaza e denunciando a ação israelense. Na França, protestos ocorreram em Paris e Marselha, com ativistas pedindo a libertação dos detidos.

Cidades suíças, como Genebra, também testemunharam grandes protestos, onde foram erguidas bandeiras palestinas e houve demonstrações de apoio. Em Bruxelas, cerca de 3 mil pessoas se reuniram em frente ao Parlamento Europeu com mensagens de apoio aos ativistas.

Em Dublin, na Irlanda, preocupações foram expressas sobre a detenção de um membro da flotilha por parte de um pai que estava entre os manifestantes. Sucessivas manifestações ocorreram em Londres e ao redor da Europa, com autoridades locais pedindo cautela em meio a tensões elevadas.

As autoridades israelenses afirmaram que os ativistas detidos passarão por processos administrativos antes de serem deportados. O governo prometeu acelerar o procedimento, mas os ativistas devem ser mantidos em centros de detenção durante a espera.

O contexto das manifestações também envolve um recente ataque terrorista em Manchester, que resultou em mortes e gerou controvérsias sobre os protestos em Londres, levando a ministra do Interior do Reino Unido a solicitar que os manifestantes reconsiderassem seus planos de mobilização.

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