Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Quaest, a pedido de um jornal nacional, revelou que a percepção sobre a Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, é majoritariamente negativa fora do Brasil. Durante a primeira semana de outubro, 37% das postagens nas redes sociais internacionais sobre o evento foram consideradas negativas, enquanto 45% foram neutras e apenas 17% positivas. No Brasil, a situação é um pouco melhor: 26% das postagens foram negativas, 21% positivas e 53% neutras.
As críticas tanto no Brasil quanto no exterior se concentram principalmente em dois pontos: os altos preços dos hotéis e a falta de infraestrutura em Belém, cidade-sede da COP30. Um dado interessante é que a maior parte das menções negativas vem dos Estados Unidos, país que, sob a administração de Donald Trump, se retirou do Acordo de Paris e participará da COP30 de forma apenas protocolar.
A COP30 poderá enfrentar desafios na busca de consenso em temas importantes como desmatamento e descarbonização da economia. Uma estratégia conhecida como “decisão de capa” poderá ser utilizada para abordar assuntos não consensuais nas negociações oficiais. Esse tipo de decisão já foi aplicado em conferências anteriores e pode ser uma alternativa para contornar impasses nas discussões.
Além disso, um encontro promovido pelo Conselho Nacional de Saúde foi realizado na Universidade de Brasília para discutir propostas do setor que serão levadas à COP30. O evento, que aconteceu no dia 17 de outubro, reuniu conselheiros de várias partes do Brasil e teve como objetivo traçar estratégias para enfrentar as mudanças climáticas. As contribuições discutidas no fórum serão organizadas em seis eixos temáticos: Energia, Indústria e Transporte; Florestas, Oceanos e Biodiversidade; Agricultura e Sistemas Alimentares; Cidades, Infraestrutura e Água; Desenvolvimento Humano e Social; e Catalisadores de Financiamento, Tecnologia e Capacitação.