Lionel Messi, o renomado jogador de futebol argentino, acaba de concluir uma temporada impressionante na Major League Soccer (MLS), considerada a melhor individual da história da liga. O atleta, que está nos Estados Unidos para jogar nos próximos três anos, se destacou em sua equipe, o Inter Miami.
Durante essa temporada, Messi ganhou a Chuteira de Ouro e empatou na liderança em assistências, apesar de ter perdido um quarto da competição por conta de lesões. Ele estabeleceu novos recordes, incluindo a maior quantidade de gols não convertidos em pênaltis e o número total de gols contribuições. Segundo análises e métricas avançadas, Messi teve um impacto duas vezes maior do que o segundo melhor jogador, Denis Bouanga, deixando para trás a notável campanha de Carlos Vela em 2019.
Contudo, apesar de sua performance notável, a percepção sobre Messi na MLS parece estar aquém do esperado. Alguns torcedores ainda discutem quem realmente mereceria o prêmio de Melhor Jogador, com menções a jogadores como Anders Dreyer e Evander, que jogam por equipes rivais.
Do ponto de vista dos torcedores, a chegada de Messi gerou uma mistura de admiração e rivalidade. Enquanto muitos ficaram empolgados em vê-lo em ação, outros sentem que sua presença pode desvirtuar a liga, uma vez que um único time conseguiu investir mais que o dobro da média salarial das equipes da MLS para formar seu elenco.
Além disso, os executivos da liga esperavam que a popularidade de Messi atraísse um novo público, com previsões de dobrar o número de torcedores até 2026. No entanto, a média de público nas partidas caiu 5,5% em relação ao ano anterior, o que indica que a MLS ainda enfrenta desafios para competir com ligas europeias, que continuam a atrair os fãs de futebol nos EUA.
Embora haja um aumento nas visualizações semanais dos jogos da MLS, esse crescimento pode estar mais relacionado a contratos de streaming e vendas internacionais do que ao engajamento direto dos torcedores. As pesquisas no Google mostram que Messi, apesar de sua fama, é menos buscado que Cristiano Ronaldo, que joga na Arábia Saudita, e até mesmo que Caitlin Clark, uma jovem estrela do basquete.
A popularidade de Messi continua a ser alta fora dos Estados Unidos, onde milhões assistem aos seus jogos e acompanham suas notícias. No entanto, muitos torcedores não estão se transformando em fãs da MLS. O comissário da liga, Don Garber, mencionou que a audiência está em ascensão, mas ainda não no patamar desejado.
Além disso, embora houvesse esperança de que a presença de Messi influenciasse a cultura esportiva americana, os resultados até agora são limitados. Comparando isso com produções populares como “Ted Lasso” e “Welcome to Wrexham”, que trouxeram o futebol para o mainstream do entretenimento, a série “Messi Meets America” obteve bem menos resenhas, apontando que a narrativa em torno de Messi na MLS não capturou a imaginação do público.
A possibilidade de uma reviravolta ainda existe, especialmente com a proximidade dos playoffs da MLS, que normalmente atraem a atenção dos fãs. A finalização do torneio pode trazer um novo fôlego para a história de Messi no futebol americano, mas, por ora, sua passagem parece mais um capítulo discreto em uma carreira já repleta de conquistas. Essa nova fase pode muito bem deixar como legado apenas alguns recordes e não uma transformação significativa para a MLS.
