Israel bombardeia Gaza apesar do cessar-fogo com Hamas

No sábado, 25 de outubro, forças israelenses realizaram um ataque na Faixa de Gaza, em um evento que pode ter violado o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. As autoridades israelenses afirmaram que o bombardeio foi direcionado a um membro do grupo Jihad Islâmica que estava planejando um ataque contra suas tropas.
Testemunhas relataram ter visto um drone atingir um carro, causando um incêndio. Médicos na região informaram que quatro pessoas ficaram feridas, mas não houve registros de mortes até o momento.
O major Rafael Rozenszajn, porta-voz das Forças Armadas de Israel, declarou que o ataque não configura uma violação do acordo. Ele explicou que ações preventivas contra ameaças iminentes são legítimas. O oficial enfatizou que, quando há informações sobre grupos terroristas planejando atacar Israel, não se deve esperar ser atacado primeiro.
Além do drone, testemunhas relataram que tanques israelenses bombardearam áreas no leste da Cidade de Gaza, que é a maior área urbana da região. Até o fechamento desta notícia, o exército israelense não havia comentado sobre esse ataque.
Informações de veículos de comunicação israelenses indicaram que o governo de Israel permitiu a entrada de autoridades egípcias na Faixa de Gaza. Essa decisão visa ajudar na localização dos corpos de reféns sequestrados durante um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, o qual deu início a um conflito em curso.
No acordo de cessar-fogo, o Hamas se comprometeu a devolver todos os reféns, mas ainda restam os restos mortais de 18 deles em Gaza. Israel afirma que o Hamas está atrasando a devolução desses corpos, enquanto o grupo afirma que precisa de equipamentos pesados para procurar os cadáveres em uma área severamente afetada pelos bombardeios.
A devolução dos reféns, tanto vivos quanto mortos, faz parte da primeira fase do acordo mediado pelo governo dos Estados Unidos. A diplomacia americana tem pressionado a administração do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu para garantir o cumprimento desse acordo. Recentemente, o vice-presidente e o secretário de Estado dos EUA estiveram em Jerusalém com esse objetivo.
Mediadores como Qatar e Turquia, que auxiliaram na negociação da trégua, agora solicitam que o acordo avance para a próxima fase. Essa fase prevê a retirada total das forças militares israelenses da Faixa de Gaza e a facilitação da entrada de ajuda humanitária, além de permitir o livre acesso da imprensa internacional ao território.




