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‘GOAT’ não é de Jordan Peele, mas ainda assim decepciona

Filme “GOAT” estrelado por Marlon Wayans chega aos cinemas brasileiros

“GOAT” é um novo filme que já está em cartaz nos cinemas brasileiros. Produzido pelo diretor conhecido por seus trabalhos em “Corra!” e “Não! Não Olhe!”, o filme tenta atrair o público com a assinatura de Jordan Peele, mas é importante esclarecer que ele não é o diretor desta obra. Peele está apenas apoiando Justin Tipping, que assume a direção. Essa prática de cineastas renomados endossarem novos talentos é comum na indústria cinematográfica.

O filme gira em torno de Cameron “Cam” Cade, um jovem quarterback interpretado por Tyriq Withers. Ele busca se destacar no futebol americano sob a orientação de Isaiah White, papel de Marlon Wayans. No entanto, ao longo do treinamento, o comportamento de Isaiah se torna cada vez mais tóxico, colocando a vida de Cam em risco.

Embora o futebol americano ganhe popularidade no Brasil, a trama de “GOAT”, que significa “Greatest of All Time”, pretende refletir sobre fama e idolatria no esporte. Infelizmente, a execução dessa ideia não se desenvolve de forma satisfatória. O roteiro, escrito por várias mãos, apresenta muitas ideias, mas nenhuma delas é aprofundada de maneira crítica. A premissa inicial que questiona até onde alguém estaria disposto a ir para ser o melhor acaba se perdendo em meio a excessivas tentativas de impacto visual e simbolismo.

As imagens do filme são vibrantes, fazendo lembrar clipes musicais, com uma iluminação intensa e um design sonoro chamativo. A estética exagerada e a superficialidade das cenas muitas vezes ofuscam os elementos narrativos, deixando personagens e enredo em segundo plano. O estilo visual pode até gerar clipes virais no TikTok, mas isso não compensa a falta de desenvolvimento e profundidade que se esperava.

As atuações também são misturadas. Marlon Wayans tenta trazer intensidade, mas sua performance fica aquém do esperado. Tyriq Withers não consegue dar força ao seu papel como protagonista, e Julia Fox, que aparece no filme, se destaca mais pelo visual do que pela atuação. Os coadjuvantes não conseguem deixar uma impressão marcante, e a trama muitas vezes se torna redundante, chegando ao ponto de personagens pararem para explicar o que já está claro para o público.

No geral, “GOAT” se mostra um filme visualmente atrativo, mas carente de conteúdo. A sequência final, mesmo sendo intensa, não traz a satisfação que um bom terror costuma oferecer. O filme tenta lidar com a ambição e a necessidade de estar em evidência, mas não entrega uma reflexão que convença. Ao final, a combinação de esporte e terror resulta em uma obra que decepciona, mostrando que nem sempre o endosse de um diretor consagrado garante um filme de qualidade.

As expectativas em torno de “GOAT” podem não se concretizar, e o público que busca um terror mais sólido e reflexivo pode sair insatisfeito com a experiência.

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