A Rede Globo confirmou a demissão de Júlio Cesar de Oliveira Silva Rodrigues, um ex-funcionário da emissora, após ele ser acusado de extorquir o deputado estadual Alexandre Knoploch, do PL. O incidente ocorreu na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde Júlio se apresentou como produtor do programa “Fantástico” e exigiu R$ 10 mil para evitar a exibição de uma suposta reportagem que vincularia o nome do deputado a irregularidades.
De acordo com informações da assessoria de Knoploch, Júlio entrou em contato se passando por produtor da TV Globo e afirmou que estava preparando uma matéria sobre a Fundação Ceperj. Ele tentou negociar o pagamento para que a denúncia não fosse divulgada.
O deputado fez uma gravação em vídeo para relatar o que aconteceu. Ele explicou que o ex-funcionário, ao se passar por um colaborador da emissora, tentou chantageá-lo. Knoploch afirmou que, ao receber a proposta, decidiu dar voz de prisão a Júlio, mostrando disposição para enfrentar a situação.
Após a tentativa de extorsão, Júlio foi encaminhado à 5ª Delegacia de Polícia, localizada no centro do Rio de Janeiro, onde o caso foi registrado. Ele permanece preso, e uma audiência de custódia está marcada para o dia seguinte. A Polícia Civil investiga se ele já tentou aplicar o mesmo golpe em outros parlamentares.
Em uma nota oficial, a Globo esclareceu que assim que soube da denúncia feita por Knoploch, acionou a Polícia Civil e registrou uma notícia-crime. A emissora informou que Júlio estava afastado por licença médica desde 2023 e que sua função na empresa era assistente de maquinaria, sem ligação com o programa “Fantástico” ou com as atividades de jornalismo da Globo. Diante da gravidade da situação, a Globo decidiu demitir o ex-colaborador e afirmou que vai cooperar com as investigações.
A emissora busca se desvincular de qualquer responsabilidade institucional no episódio, reforçando que as ações de Júlio são de sua total responsabilidade.
