Haddad afirma que inflação persiste alta e BC atua conforme necessário

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a inflação no Brasil continua alta, refletindo pressões persistentes. Ele destacou que o Banco Central está seguindo suas diretrizes para lidar com a situação. As informações foram apresentadas em um comunicado durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional em Washington.
Haddad mencionou que, apesar de uma perspectiva favorável para o Brasil no médio prazo, o núcleo da inflação permanece elevado, com expectativas que superam a meta de 3%. Ele reafirmou que a política monetária continua restritiva, apontando o comprometimento do Banco Central em manter a inflação sob controle.
Haddad não participou da reunião em Washington por estar envolvido com a proporção de alternativas no Brasil, após o governo enfrentar uma derrota significativa relacionada à derrubada de uma medida provisória que alterava a taxação de aplicações financeiras. Esta reforma era uma parte importante dos esforços do governo para melhorar a situação fiscal.
Na semana passada, o ministro havia criticado a taxa Selic, considerada por ele “excessivamente restritiva”, embora tenha enfatizado que essa era uma opinião pessoal e não uma contestação à autonomia do Banco Central. A taxa Selic foi mantida em 15% em setembro, o que representa o nível mais alto em quase 20 anos. O Banco Central sinalizou que a taxa deverá se manter nesse patamar por um tempo, a fim de trazer a inflação de volta à meta de 3%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma alta de 5,17% nos últimos 12 meses, ligeiramente acima da taxa de 5,13% registrada em agosto.
Haddad também afirmou que a economia brasileira está se aproximando de seu potencial, mostrando resultados melhores do que o esperado nos últimos anos. Ele assegurou que a inflação está gradualmente se ajustando à meta estabelecida. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o ministro, seguirá usando a política fiscal para promover justiça social e bem-estar, levando em conta as condições econômicas do momento.
Além disso, em um cenário de tensões comerciais globais, Haddad pediu o fim de restrições comerciais unilaterais e a reinstauração de estruturas previsíveis e baseadas em regras para garantir o crescimento econômico global.




