A chuva de meteoros Orionidas atinge seu pico de atividade na noite de terça-feira, dia 21, e pode ser observada em diversas regiões do Brasil. A fase atual da Lua, que é nova, garante um céu mais escuro, tornando a visualização do fenômeno ainda mais favorável.
As Orionidas têm origem no famoso cometa Halley, que leva cerca de 76 anos para completar sua órbita ao redor do Sol. Embora não possamos avistá-lo diretamente antes de 2061, é possível ver os rastros deixados pelo cometa na forma de meteoros. Esse fenômeno ocorre anualmente, quando os resíduos do cometa entram na atmosfera terrestre, criando a chuva de meteoros.
Nesta semana, a expectativa é que sejam registrados entre 10 e 20 meteoros por hora, conforme informações da American Meteor Society. O melhor momento para observar a chuva será entre 3h e 4h da madrugada de quarta-feira, dia 22. Durante esse período, a constelação de Orion, que é de onde os meteoros parecem se originar, estará bem posicionada no céu. A constelação aparece após às 22h, na direção norte, e vai se elevando ao longo da noite.
Mesmo após o pico de atividade, as Orionidas continuarão a ser visíveis nos dias seguintes, com uma taxa similar de meteoros. Para observar essas chuvas, não é necessário usar telescópios ou binóculos, mas encontrar um local tranquilo, longe da poluição luminosa, é essencial.
Para facilitar a observação, aqui estão algumas dicas:
– Procure um local isolado e afastado das luzes urbanas. Lembre-se de que seus olhos podem levar de 15 a 20 minutos para se adaptarem à escuridão.
– Se o tempo estiver frio, leve um cobertor ou uma cadeira confortável, pois a observação pode exigir um tempo de espera.
– Após chegar ao local, deite-se sobre o chão e olhe para o céu. Um mapa interativo pode ajudar a localizar a direção do radiante, que é o ponto de onde os meteoros parecem surgir. Quanto mais alto o radiante estiver, mais meteoro você poderá ver.
– Os meteoros da chuva podem ser vistos em qualquer parte do céu, mesmo que tenham uma origem específica no radiante.
Aplicativos de astronomia podem ser úteis para ajudar a localizar e acompanhar o fenômeno no céu noturno.
Durante o ano, a Terra cruza a trilha de detritos do cometa Halley em duas ocasiões. A primeira acontece em maio, resultando na chuva de meteoros Eta Aquáridas. A segunda, que ocorre em outubro, dá origem às Orionidas. Os detritos, ao entrar na atmosfera terrestre, queimam e produzem os meteoros. Alguns dos fragmentos maiores podem gerar bolas de fogo, que são mais brilhantes que o planeta Vênus, segundo a NASA.
