O remake de “Vale Tudo” trouxe mudanças significativas em relação à versão original, especialmente no que diz respeito ao mistério sobre a morte da vilã Odete Roitman. Na nova adaptação internacional, exibida em 2002 para a comunidade hispânica nos Estados Unidos, a personagem é chamada de Lucrécia Roitman. Ela é interpretada pela atriz cubana Zully Montero e o enredo apresenta um novo assassino.
Na versão original, transmitida em 1988, Odete Roitman, conhecida pela interpretação da atriz Beatriz Segall, foi assassinada pela personagem Leila, vivida por Cassia Kis. O crime ocorreu quando Leila, em um momento de confusão, disparou uma arma acreditando que acertaria Maria de Fátima, a amante de Marco Aurélio.
Já na versão internacional de “Vale Todo”, o desfecho é diferente. O novo responsável pela morte de Lucrécia é o mordomo Eugênio, que busca se vingar pelas maldades de Lucrécia contra sua filha, Heleninha. Na adaptação, Eugênio foi interpretado originalmente por Sérgio Mamberti e na versão hispânica por Julio Rodríguez. Atualmente, ele é interpretado por Luís Salém.
A trama se passa no Rio de Janeiro, mantendo a ambientação dos estúdios da Globo. O elenco é composto por atores de diversas nacionalidades da América Latina, incluindo mexicanos, peruanos e colombianos. Um dos destaques dessa produção foi a presença de Antonio Fagundes, que fez uma breve participação como Salvador, pai da protagonista Raquel, um papel desempenhado no remake por Itatí Cantoral, famosa por sua atuação como a vilã Soraya Montenegro em “Maria do Bairro”.
Apesar das expectativas, “Vale Todo” não alcançou o sucesso desejado, levando a Globo e a Telemundo a desistir de outros remakes planejados na época. As duas emissoras continuaram a trabalhar em colaboração em projetos específicos, como “O Clone”, que se tornou “El Clon”, e “Fina Estampa”, que foi exibida como “Marido en Alquiler”.