A fintech FictorPay sofreu um ataque hacker no domingo, dia 19, que resultou no desvio de cerca de R$ 26 milhões. A informação foi inicialmente divulgada por um site especializado, confirmada posteriormente por outras fontes. O incidente levantou preocupações sobre a segurança financeira da empresa, que oferece serviços como contas, empréstimos e ferramentas de pagamento para empresas.
O Banco Central (BC) identificou movimentações financeiras incomuns na FictorPay e prontamente alertou a Celcoin, empresa parceira que opera no sistema de pagamentos Pix. Embora a FictorPay não esteja integrada ao Pix, a Celcoin fez a conexão alertada pelo BC.
De acordo com especialistas que estão acompanhando o caso, o ataque à FictorPay foi direto, ao contrário de incidentes anteriores, que geralmente ocorriam por meio de provedores de serviços de tecnologia da informação, que ligam instituições financeiras aos sistemas do Banco Central.
Até o momento, não houve relatos de que o sistema do Banco Central tenha sido afetado. Em nota, a FictorPay afirmou ter sido informada sobre uma atividade irregular em um prestador de serviços que atende a várias empresas, incluindo a sua. A fintech destacou que está trabalhando com especialistas em segurança da informação para apurar a situação e reiterou não haver impacto em seus sistemas internos.
Além disso, a FictorPay toma as medidas necessárias para lidar com a situação e está em contato com as autoridades para esclarecer os fatos. Por sua parte, a Celcoin assegurou que não houve invasão de sua infraestrutura tecnológica. A empresa detectou a movimentação atípica na conta de um cliente e prontamente bloqueou operações, informando imediatamente o cliente sobre a situação.
A Celcoin também declarou que as investigações apontam que a origem do incidente está relacionada a uma empresa fornecedora de soluções utilizadas por múltiplos clientes no mercado, sem conexão direta com a Celcoin. A empresa reafirmou que nenhuma fraude ou invasão ocorreu em seu ambiente e que está apoiando a FictorPay nas investigações.
O Banco Central não comentou publicamente sobre o incidente.