Advogado é encontrado morto e polícia inicia investigação

O advogado Luiz Fernando Pacheco, de 51 anos, foi encontrado morto na manhã de quinta-feira em São Paulo. O corpo foi localizado em uma rua do bairro Higienópolis, após Pacheco ter ficado três dias sem se comunicar com amigos e familiares.
Segundo um boletim de ocorrência, a polícia encontrou Pacheco caído no chão e sendo atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Uma testemunha que estava no local relatou aos policiais que viu um homem com dificuldades para respirar e convulsionando, o que motivou o acionamento das autoridades.
Pacheco foi levado para o Pronto-Socorro da Santa Casa, onde acabou não resistindo. Ele estava sem documentos na hora em que foi encontrado, e sua identificação foi confirmada através de exame de impressões digitais realizado pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt.
A polícia ainda investiga as circunstâncias da morte. Amigos e colegas de profissão ficaram alarmados com o desaparecimento de Pacheco, que não tinha sido visto em grupos de mensagens desde a terça-feira anterior, quando a situação foi reportada à polícia.
A morte de Pacheco gerou grande comoção na comunidade jurídica. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, Leonardo Sica, destacou que a advocacia perdeu um profissional talentoso e ético, que dedicou sua carreira ao direito de defesa e às prerrogativas dos cidadãos.
Pacheco foi um dos fundadores do grupo Prerrogativas, que também lamentou a perda. Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo, ressaltou sua importância como advogado criminalista e seu envolvimento em causas relevantes, além de mencionar que ele vivia um momento feliz na vida, com sua participação ativa na gestão da OAB de São Paulo.
Com mais de 20 anos de experiência na área penal, Pacheco começou sua carreira no escritório de Márcio Thomaz Bastos em 1994 e, em 2000, tornou-se sócio. Ele esteve à frente da defesa de importantes casos, incluindo o do mensalão, onde defendeu José Genoino.
O perfil de Pacheco em seu escritório destaca que, até 2013, atuou ao lado de renomados advogados e, após essa data, fundou seu próprio escritório, mantendo uma equipe dedicada e comprometida com a ética e rigor técnico necessários à advocacia criminal.