A vice-presidente de supervisão do Federal Reserve, Michelle Bowman, afirmou que é urgente realizar cortes na taxa de juros para mitigar problemas no mercado de trabalho dos Estados Unidos. Em um discurso na reunião do Forecasters Club, em Nova York, ela destacou que as recentes informações revelam um mercado de trabalho mais frágil e uma inflação que, excluindo as tarifas, ainda permanece ligeiramente acima da meta estipulada.
Bowman citou dados coletados ao longo de vários meses que mostram o aumento dos desafios no mercado de trabalho. Para ela, chegou o momento de o Comitê Federal de Mercado Aberto, responsável por definir as taxas de juros, agir rapidamente para lidar com a queda na dinamização do setor e a fragilidade que está emergindo. Segundo a vice-presidente, já há um risco significativo de que ações tardias possam afetar ainda mais as condições do emprego.
Ela expressou preocupação com a possibilidade de que a adoção de medidas mais rigorosas para a política monetária seja necessária no futuro caso a situação do mercado de trabalho continue a se deteriorar. Embora a inflação esteja acima da meta de 2%, Bowman enfatizou que a política do Fed deve se concentrar em apoiar o mercado de trabalho, que está mostrando sinais de fraqueza.
Além disso, Bowman também comentou sobre a redução contínua dos títulos que o Fed detém. Ela defendeu a necessidade de manter o balanço patrimonial o menor possível, com os saldos de reservas mais próximos de um nível de escassez do que de amplitude. Essa redução do balanço dá ao Fed a flexibilidade necessária para responder a desafios futuros, se necessário. Bowman sugeriu que o balanço patrimonial fosse composto majoritariamente por títulos do governo com prazos mais curtos, mas afirmou que o Fed pode ajustar o foco para títulos de prazos mais longos sem aumentar o tamanho total do balanço.
