O dólar à vista apresentou uma ligeira queda frente ao real nesta sexta-feira, 11 de outubro. Após uma abertura negativa, a moeda americana chegou a operar em território positivo, mas retrocedeu novamente devido a ajustes nas posições dos investidores e a um aumento no apetite por riscos nos mercados globais. Esse cenário ocorre em meio a novas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
Retaliação da China às tarifas dos EUA
Recentemente, a China anunciou um aumento nas tarifas sobre produtos norte-americanos, elevando a taxa de 84% para 125%. Essa informação foi divulgada pela Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado, destacando a escalada nas disputas comerciais. Por sua vez, o governo Trump confirmou que as tarifas sobre importações da China já alcançam efetivamente 145%.
Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 10h53, o dólar à vista era cotado a R$ 5,876 na compra e R$ 5,877 na venda, refletindo uma baixa de 0,39%. Na B3, o contrato futuro do dólar para maio apresentava uma leve queda de 0,03%, cotando-se a 5.897 pontos.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,876
- Venda: R$ 5,877
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,925
- Venda: R$ 6,105
Dólar Hoje: Acompanhe a cotação e fechamento do dólar comercial.
A valorização do real é atribuída ao desempenho positivo de outras moedas emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano, que se beneficiaram do aumento nos preços de commodities, especialmente do minério de ferro.
Os investidores mostraram disposição para buscar ativos mais arriscados, impulsionados por resultados aquecidos em mercados acionários, evidenciados pelos avanços na Ásia e nos futuros de Wall Street, principalmente após balanços robustos de grandes bancos dos EUA.
Depois de uma véspera desafiadora para os mercados emergentes, os agentes financeiros realizaram lucros e ajustaram posições no fechamento de uma semana marcada por alta volatilidade e incertezas comerciais.
Na quinta-feira, o dólar à vista havia fechado em alta de 0,89%, cotado a R$ 5,8990. Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, comentou: “Estamos seguindo a tendência externa. Os futuros em Wall Street se recuperando justificam esse ajuste.”
Essa movimentação do mercado ocorre apesar da recente escalada nas tensões comerciais entre EUA e China, que geram receios entre os investidores sobre os riscos associados a países emergentes.
O desenrolar da disputa comercial viu a China aumentar suas tarifas em resposta a uma imposição anterior dos EUA. Após um ciclo de tarifas que envolveu aumentos significativos, espera-se que as tensões continuem influenciando o mercado global. Segundo Eduardo Moutinho, analista do Ebury Bank, essas tensões também podem estar contribuindo para o enfraquecimento do dólar e de outros ativos financeiros dos EUA, como os Treasuries.
No cenário nacional, dados recentes indicam que o IPCA aumentou 0,56% em março, conforme esperado, com a pressão vinda de alimentos. Além disso, o IBC-Br avançou 0,4% em fevereiro em relação ao mês anterior, superando as previsões de 0,15% acordadas em pesquisa realizada pela Reuters.