No último fim de semana, uma operação de combate à pirataria desativou mais de 30 plataformas de streaming ilegais, incluindo o My Family Cinema, Eppi Cinema e Duna TV. Esta ação foi conduzida na Argentina e resultou na retirada do ar de serviços que vinham oferecendo extenso conteúdo audiovisual de forma clandestina. As autoridades locais, em colaboração com a Alianza, uma coalizão dedicada ao combate da pirataria audiovisual na América Latina, realizaram esta megaoperação.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) do Brasil confirmou a interrupção destes serviços ao portal G1, embora a Anatel não tenha participado diretamente da ação argentina. Esses serviços clandestinos eram frequentemente comparados a uma “Netflix pirata”, permitindo que os usuários acessassem uma vasta gama de filmes e séries sem a necessidade de assinar plataformas oficiais, como Netflix, HBO Max, Prime Video e Disney+.
De acordo com o jornal argentino La Nacion, os usuários pagavam entre US$ 3 e US$ 5 por mês, valores que, convertidos diretamente, correspondem a aproximadamente R$ 16 a R$ 26. Esse custo é significativamente menor em comparação a uma assinatura básica da Netflix sem anúncios, que atualmente está em R$ 44,90 mensais no Brasil. Quando comparados, os custos mensais de várias assinaturas oficiais podem facilmente ultrapassar R$ 100.
Além de oferecerem filmes e séries, algumas dessas plataformas funcionavam como IPTV piratas, proporcionando acesso a canais de TV pagos. Isso atraiu um grande número de usuários que, diante da queda dos serviços, recorreram às redes sociais para compartilhar suas experiências. Um usuário do X expressou seu descontentamento dizendo: “Eu tô inconsolável. O que vou fazer sem o My Family Cinema”. Outros comentários indicaram que alguns usuários renovaram suas “assinaturas” pouco antes das plataformas serem desativadas.
A operação na Argentina, que começou em setembro, visava enfraquecer a rede global desses serviços piratas. Segundo o La Nacion, tais operações conseguiram arrecadar cerca de US$ 168 milhões entre março e agosto, contando com uma base de mais de 8 milhões de usuários pagos em todo o mundo.
