Você já se deu conta de que, ao descrever um problema para outra pessoa ou mesmo para um objeto inanimado, a solução parece surgir do nada? Essa estratégia, chamada de “depuração do pato de borracha”, é amplamente utilizada por programadores ao redor do mundo, porém, esse método inovador também se mostra eficaz em diversas outras áreas. Hoje em dia, alguns especialistas indicam substituir o pato de borracha por tecnologias de inteligência artificial, como o ChatGPT, que além de “ouvir”, pode interagir para oferecer novos ângulos para o problema.
A origem do termo “rubber duck debugging” remonta ao livro “The Pragmatic Programmer” de Andrew Hunt e David Thomas. A proposta é descomplicada: quando você enfrenta dificuldades para entender por que algo não funciona, seja um código de computador, um texto ou até a montagem de um móvel, a sugestão é explicar o problema em voz alta para um pato de borracha. Durante a descrição detalhada de cada etapa envolvida no processo, o erro geralmente acaba se revelando de forma clara e evidente.
O motivo pelo qual essa técnica funciona reside no fato de que, ao verbalizar seus pensamentos, sua mente é forçada a organizar ideias, revisar a lógica aplicada e confrontar percepções sobre o que foi feito. Essa verbalização ajuda a trazer à tona inconsistências e falhas ocultas, facilitando a resolução do problema. Essa prática se alinha com o conceito de “autoexplicação”, um método que aprofunda a compreensão e fortalece a memória, promovendo a união de ideias e a identificação de contradições.
Um aspecto interessante desse método é que, ao contrário de um ser humano, o pato de borracha não carrega preconceitos ou suposições. Ele age apenas como um receptor, o que o força a ser claro e preciso em cada detalhe da explicação. Esta clareza é muitas vezes a chave para desvendar a solução.
Com o avanço da tecnologia, essa técnica encontrou seu espaço no ambiente digital. Muitos têm se voltado ao ChatGPT como uma versão virtual do pato de borracha. Além de “ouvir” as explicações, o ChatGPT tem a capacidade de sugerir melhorias, apontar erros e até mesmo propor soluções alternativas para o problema apresentado.
