As Propagandas Mais Marcantes de Celulares na História

Como diz o conhecido ditado “a propaganda é a alma do negócio”, e as marcas de celular já entenderam que divulgar bem seus produtos é crucial para se manter relevante no mercado competitivo. Nos últimos anos, as principais empresas do segmento têm investido em peças publicitárias criativas, emocionantes e, muitas vezes, provocativas em relação a seus concorrentes. Essas campanhas não apenas divulgam características dos produtos, mas também criam uma relação afetiva com o público, que muitas vezes se reconhece nas histórias contadas ou é conquistado pelo humor e pela inventividade das peças.
Uma das campanhas mais lembradas é o “podcast dos celulares falantes”, do Google. A propaganda destaca uma conversa fictícia entre o Google Pixel 9 e o iPhone 16 Pro. O foco da discussão são as inovações presentes nos aparelhos da Apple, que, segundo a narrativa da propaganda, não passam de evoluções de funções já existentes nos dispositivos Android há muito tempo. A interação ganha um tom passivo-agressivo, tornando-se uma forma divertida, e um tanto sarcástica, de destacar a pioneirismo do ecossistema Android em certos aspectos.
A Samsung também se destacou com a propaganda do Galaxy Z Fold 7, que provocativamente questiona a ausência de um aparelho dobrável da Apple. Durante a peça, um interlocutor fica boquiaberto ao testemunhar o dispositivo sendo desdobrado, destacando as inovações do Galaxy AI, um recurso de inteligência artificial que oferece possibilidades criativas como a customização de produtos através de simples esboços na tela. Essa campanha, além de enaltecer as capacidades tecnológicas do dispositivo, também promove a ideia de que a inovação está sempre em primeiro plano na estratégia da Samsung.
A Motorola, por sua vez, foi direta ao criticar o iPhone em sua campanha de 2009 para o lançamento da linha Droid. Usando o trocadilho “iDon’t”, a empresa apontou limitações do iPhone em comparação com os recursos disponíveis no Droid, como ausência de teclado físico e a incapacidade de remover a bateria ou tirar fotos de 5 megapixels. Essa abordagem agressiva não apenas sublinhou as características do Droid na época, mas também satirizou as defasagens percebidas nos produtos concorrentes.
Em 2017, a Samsung lançou uma crítica bem-humorada voltada para o design do iPhone X, que trouxe um notch na parte superior do display, comparando-o a uma pessoa com calvície. A campanha aproveitou para ressaltar outras vantagens dos smartphones da série Galaxy S, como a presença de uma caneta stylus, resistência à água e conectividade mais avançada, reforçando a imagem de produto premium da linha.
Nem sempre a Apple é o alvo das brincadeiras. Em 2013, a marca lançou uma campanha emotiva para o iPhone 5c durante o período natalino. A história mostra uma criança aparentemente “presa” ao celular, mas ao final revela-se que ela estava documentando momentos especiais da família, criando uma coletânea de vídeos que são compartilhados como uma surpresa para todos. Esse tipo de narrativa reforça a capacidade dos dispositivos Apple de também desempenharem um papel emocional na vida dos usuários.
No início da década de 2000, a Apple trouxe para seu público o conceito “Tem um app para isso”, com o lançamento do iPhone 3G. A icônica campanha destacava a versatilidade do aparelho, capaz de realizar uma série de tarefas diferentes, mostrando que o futuro estava ao alcance das mãos através de aplicativos. Essa frase se tornou sinônimo da App Store e exemplificou a maneira como a Apple se posicionou como líder de inovação na era dos smartphones.
A Nokia, antes de se distanciar do topo do mercado, também foi reconhecida pela criatividade em suas propagandas. Em 2008, o comercial do Nokia N96 mostrava como o aparelho podia substituir uma série de outros dispositivos como TV e notebook, oferecendo um dia a dia mais simples e descomplicado, mesmo quando tudo parecia dar errado. Sua campanha de 1998 com Pelé antecipou tendências do futuro ao imaginar um mundo com celulares dobráveis e chamadas em vídeo, algo que só se tornaria realidade décadas depois.
No mercado brasileiro, a Nokia contou com a participação de Rubens Barrichello em uma campanha emotiva para o modelo 5100. A propaganda usou a relação entre o piloto e seu pai, destacando a trajetória brilhante de Barrichello como um paralelo para a inovação tecnológica do celular. A mensagem capitalizou o sucesso do piloto brasileiro para associar a marca a valores de conquista e superação.
A Telesp Celular fez história ao usar a figura de um bebê em suas campanhas dos anos 1990 para anunciar seu aparelho próprio. O “Baby” afirmava que era hora de os celulares evoluírem, destacando o avanço do modelo, que funcionava em um sistema pré-pago e oferecia proteção “flip” ao teclado numérico. Essa inovação representou um marco significativo para consumidores no Brasil.




