Na noite de quinta-feira (10), a chefe de segurança dos estádios do Chile, Pamela Venegas, apresentou sua renúncia após a morte de dois torcedores durante um jogo entre Colo-Colo e Fortaleza, válido pela Copa Libertadores. O ministro da Segurança Nacional, Luis Cordero, confirmou a renúncia em uma coletiva de imprensa, ressaltando que “a renúncia foi aceita imediatamente”.
“Não é possível aceitar comportamentos ou declarações oportunistas. Todos os envolvidos no mundo do futebol devem usar a violência e as ameaças como meio de atuação”
– Luis Cordero
O Departamento de Estádio Seguro, vinculado ao Ministério do Interior e Segurança Pública, é responsável pela implementação da Lei 19.327, que define direitos e deveres em eventos de futebol profissional. Essa entidade aconselha autoridades políticas e gerencia a segurança nos jogos por meio da Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP), além das Delegações Presidenciais e da Polícia Nacional do Chile (Carabineros).
Estabelecido em 2011 durante o governo do presidente Sebastián Piñera, o programa visa combater a violência e restaurar os estádios como espaços seguros e de lazer para os torcedores.
Incidentes no Estádio Monumental
Os gravíssimos incidentes ocorreram no Estádio Monumental, localizado na comuna de Macul, em Santiago, antes e durante a partida entre Colo-Colo e Fortaleza. A confusão teve início com uma tentativa de invasão por parte de torcedores, resultando em duas mortes e na suspensão do jogo.
Testemunhas indicam que torcedores se aglomeraram nas proximidades do estádio, atirando objetos em direção à segurança. A polícia, em resposta, utilizou canhões de água e aumentou o efetivo, mas a situação se deteriorou com a tentativa de furar o bloqueio, levando à queda de uma das cercas de proteção. Nesse tumulto, duas pessoas perderam a vida.
As circunstâncias que cercaram as mortes estão sob investigação. Duas linhas de apuração estão sendo consideradas: uma sugere que uma viatura policial teria passado sobre a cerca desabada, enquanto a outra aponta que as vítimas teriam sido esmagadas em uma avalancha humana durante a confusão.