Representantes do Ministério dos Transportes do Brasil apresentaram uma nova carteira de projetos em uma visita ao México, realizada entre os dias 9 e 11 de outubro de 2023, com o objetivo de atrair investimentos de grandes empresas de infraestrutura mexicanas nas rodovias brasileiras.
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, comunicou ao portal InfoMoney que os grupos de investidores mexicanos demonstraram interesse nas oportunidades apresentadas. A agenda prevê a realização de 15 leilões até o final deste ano, destacando-se os projetos de concessão da BR-04, que conecta o Rio de Janeiro a Juiz de Fora, e da BR-163, localizada no Mato Grosso do Sul.
Para o ano de 2024, estão programados mais 20 projetos, que totalizarão R$ 161 bilhões em investimentos e 8.449 quilômetros de novas concessões. A captação de investidores internacionais, segundo o Ministério, é essencial para aumentar a competitividade dos leilões.
Santoro enfatizou a importância de atrair novos players para o mercado, pois isso permite a formação de consórcios entre empresas mexicanas e brasileiras. Ele ressaltou que algumas companhias brasileiras enfrentam dificuldades financeiras e necessitam de maiores estruturas de capital para participar dos projetos, além de acesso a financiamentos com taxas mais vantajosas. “As empresas mexicanas têm bancos por trás, o que pode facilitar a obtenção de um financiamento mais barato”, concluiu.
Durante a visita ao México, a comitiva brasileira realizou um roadshow e promoveu reuniões bilaterais com oito empresas que buscam expandir suas operações em novos mercados. “Plantamos uma semente em um mercado que nunca havia sido explorado pelo Brasil e que possui grupos grandes e experientes em concessões”, comentou Santoro.
O secretário-executivo também anunciou que a meta do governo Lula é conceder mais da metade da malha rodoviária federal até o final do mandato. “Entramos no governo com 14 mil quilômetros concedidos, já estamos com 16 mil e planejamos colocar no mercado mais 8,5 mil quilômetros”, declarou.
Adicionalmente, Santoro destacou que a atual carteira de projetos do Ministério é carbono zero, inclui investimentos voltados para a transição energética e está totalmente alinhada com as diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).