O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou preocupações sobre sua segurança, afirmando que teme ser assassinado caso venha a ser preso. A declaração foi feita durante uma entrevista no podcast Direto de Brasília na quarta-feira, 9 de outubro, onde sugeriu a existência de um plano para sua “eliminação”. Bolsonaro alegou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), possui interesses pessoais que o motivam contra ele. O ex-mandatário é réu em um processo por tentativa de golpe de Estado relacionado aos eventos de 2022.
“Na verdade, eles querem me matar. Querem dar um fim em mim. Coloca na cadeia e é fácil eliminar alguém sem deixar provas. Eu sou um paralelepípedo no sapato deles. Eu não fui para o outro lado”, declarou Bolsonaro, reiterando sua inocência em relação aos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores radicais invadiram as sedes dos Três Poderes, enquanto ele se encontrava nos Estados Unidos.
Bolsonaro criticou o processo judicial pelo qual responde, afirmando que “não deveria existir”, uma vez que estava fora do país e não participou dos eventos que desencadearam a ação.
Relação com Alexandre de Moraes
Questionado sobre a analogia entre a atuação de Moraes e a do ex-juiz Sérgio Moro em relação ao caso de Lula, Bolsonaro concordou e reafirmou sua inocência: “Eu não devo nada. Não tem crime nenhum da minha parte. Mas comigo parece que é algo pessoal do Alexandre de Moraes. Não consigo entender outra coisa”, disse.
Atualmente, o ex-presidente enfrenta várias investigações no STF. Essas investigações incluem uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o acusa de tentativa de golpe, além de supostos planos de assassinato de diversas autoridades, incluindo o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. Também estão em curso apurações sobre o uso da máquina pública para a disseminação de notícias falsas e desinformação relacionadas ao processo eleitoral.