O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou o pastor Silas Malafaia, afirmando que suas declarações sobre o Alto Comando do Exército Brasileiro durante um ato na Avenida Paulista, no último domingo, 6 de outubro, foram “verdades”. Malafaia criticou os generais, chamando-os de “cambada de frouxos” e questionando sua competência.
Em uma entrevista publicada na Revista Oeste, Bolsonaro descreveu o desabafo do pastor como “revoltante”. Ele afirmou que a situação é triste e expressou sua indignação, sem, no entanto, aprofundar suas críticas, já que se considera “capitão do Exército”.
Durante seu discurso, Malafaia dirigiu-se diretamente aos generais, afirmando: “Vocês não honram a farda que vestem” e que a intenção não é dar um golpe, mas “marcar posição”. Esse ato ocorreu em defesa da anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
A declaração do pastor gerou reações, especialmente do ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que, como general da reserva, não hesitou em desmerecer Malafaia, chamando-o de “falastrão” no X (antigo Twitter). Mourão criticou Malafaia por aproveitar a situação para ofender os membros do Alto Comando do Exército, ressaltando o desprezo do pastor pelos valores de “Honra, Dever e Pátria”.
O ato na Avenida Paulista foi descrito por Bolsonaro como bastante movimentado, com a presença de governadores de vários estados. Entre os governadores estavam Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União-GO), Jorginho Mello (PL-SC), Mauro Mendes (União-MT), Wilson Lima (União-AM) e Marcos Rocha (União-RO), sendo que Bolsonaro mencionou que este último chegou atrasado.
Sobre as eleições de 2026, Bolsonaro destacou que não há obrigação de apoio a um único candidato, afirmando que, no segundo turno, as coligações poderão ser mais flexíveis.
Atualmente, Bolsonaro enfrenta inelegibilidade até 2030, resultado de uma decisão da Justiça Eleitoral. Ele também é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de liderar uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após a derrota nas eleições presidenciais de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).