Israel libertou Ahmad Manasra, um palestino que passou dez anos preso após ser detido aos 13 anos. Manasra foi condenado em 2016 por tentativa de homicídio, embora os tribunais israelenses tenham reconhecido que ele não participou dos esfaqueamentos que resultaram na morte de um israelense em Jerusalém Oriental. Ele se encontrava com seu primo, Hassan, que atacou duas pessoas durante o incidente. Hassan foi morto no local enquanto Manasra foi ferido e atropelado por um carro.
O advogado de Manasra, Khaled Zabarqa, informou à CNN que o jovem já cumpriu sua pena. “Ahmad é agora uma pessoa livre”, afirmou, acrescentando que as autoridades israelenses impuseram restrições à família em relação a um eventual evento de celebração e a entrevistas com a imprensa.
O caso de Ahmad Manasra ganhou notoriedade internacional, especialmente após a divulgação de um vídeo impactante que mostrou a reação do público em um momento crítico enquanto ele estava gravemente ferido. Além disso, a Sociedade de Prisioneiros Palestinos destacou que Manasra foi submetido a interrogatórios sob coação, e que sua saúde mental deteriorou-se ao longo dos anos, resultando em diagnósticos de esquizofrenia e problemas de saúde física, decorrentes dos anos em confinamento solitário.
Ao longo de sua detenção, grupos de direitos humanos clamaram pela liberdade de Manasra devido a preocupações sobre seu tratamento e a prolongada privação de liberdade, enfatizando o impacto severo que isso teve em sua saúde mental.
As autoridades prisionais de Israel confirmaram a libertação de Manasra, reafirmando que o país respeita os direitos humanos, afirmando: “Israel é um Estado de direito, não torturamos pessoas aqui.”