A memecoin $TRUMP, ligada ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se prepara para um grande desbloqueio de tokens na próxima semana, com a liberação de aproximadamente US$ 320 milhões, o que representa 20% da oferta atualmente em circulação.
Este movimento ocorre em um contexto de acentuada desvalorização do ativo, que perdeu 83% de seu valor desde o pico registrado em janeiro. O segmento de memecoins, do qual $TRUMP faz parte, é particularmente afetado, reduzindo seu valor total de mercado de US$ 119 bilhões em dezembro para cerca de US$ 45 bilhões atualmente, de acordo com dados do CoinMarketCap.
Lançada pouco antes da posse de Trump, em 18 de janeiro, a criptomoeda alcançou a cotação de US$ 75, mas atualmente sua valorização é de apenas US$ 8,03. Especialistas consideram que o evento de desbloqueio pode impactar negativamente o preço do ativo, aumentando a pressão de venda em um mercado já fragilizado.
Resta saber se Trump e seus apoiadores planejam vender os tokens que serão liberados. A liquidez do mercado sugere que grandes vendas poderiam depreciar ainda mais o preço do ativo. Dados da plataforma Dune Analytics indicam que o número de detentores únicos de $TRUMP caiu de 817 mil para 637 mil. Atualmente, apenas 12 mil carteiras possuem mais de US$ 1.000 em $TRUMP, uma queda significativa em relação às 143 mil carteiras registradas em janeiro.
Uma reportagem do Financial Times revelou que Trump e seus associados lucraram aproximadamente US$ 350 milhões com a venda antecipada de tokens. A investigação aponta que 14,7 milhões de unidades foram enviadas para exchanges como Binance, Bybit e Coinbase, enquanto outras 31 milhões permanecem em carteiras digitais vinculadas ao ex-presidente.
Além disso, o estudo indica que o grupo realizou a recompra de tokens no valor de cerca de US$ 1 milhão na tentativa de estabilizar o preço após o lançamento da memecoin $MELANIA, promovida por Melania Trump.
Em uma recente ação, na sexta-feira (11), Trump assinou uma nova legislação que revoga uma norma que exigia que corretoras de criptomoedas informassem ao fisco americano sobre transações de usuários, sendo que essa regra entraria em vigor em 2026.