Em outubro, as vendas de casas usadas nos Estados Unidos subiram 1,2%, alcançando uma taxa anual ajustada de 4,10 milhões de unidades, segundo dados da Associação Nacional de Corretores de Imóveis. Os analistas esperavam um número um pouco menor, de 4,08 milhões de unidades. Quando comparadas ao mesmo período do ano passado, as vendas tiveram um aumento de 1,7%.
Mesmo com a recente paralisação do governo, o aumento nas vendas é atribuído à diminuição das taxas de juros, o que incentivou muitos compradores. Lawrence Yun, economista-chefe da NAR, destacou que as condições de financiamento mais favoráveis desempenharam um papel importante nessa recuperação.
O custo dos financiamentos caiu, pois o Federal Reserve retomou a redução nas taxas de juros. No entanto, essa tendência de queda parou, já que o banco central mostrou resistência em promover novos cortes na próxima reunião. Além disso, a estagnação no mercado de trabalho tem afastado potenciais compradores.
A questão da acessibilidade das moradias se tornou um tema relevante na política. O ex-presidente Donald Trump sugeriu como solução uma hipoteca de 50 anos, uma proposta que foi criticada por alguns especialistas e apoiadores, que temem que isso resulte em pagamentos de juros mais altos e em um tempo maior para conseguir um patrimônio.
A NAR também apontou que a idade média dos compradores de primeira viagem é de 40 anos, um aumento significativo comparado à década de 1980, quando a maioria dos compradores tinha cerca de 20 anos.
O estoque de casas disponíveis cresceu 10,9%, somando 1,52 milhão de unidades em relação ao ano passado. Contudo, esse número ainda está abaixo do que era antes da pandemia. O preço médio das casas também aumentou, subindo 2,1% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 415.200. No ritmo atual de vendas, o estoque disponível seria suficiente para aproximadamente 4,4 meses de vendas, um leve aumento comparado aos 4,1 meses do ano anterior.
Os compradores de primeira viagem representaram 32% das vendas em outubro, um aumento em relação aos 27% do ano passado. Para um mercado imobiliário saudável, especialistas afirmam que essa participação deveria ser em torno de 40%. Além disso, 29% das transações em outubro foram feitas à vista, um aumento em relação aos 27% de um ano atrás.
