Trump afirma que acordo comercial com China está próximo antes de encontro com Xi

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira que o país está perto de firmar um acordo comercial com a China, um dia antes de sua reunião com o líder chinês, Xi Jinping, marcada para quinta-feira na Coreia do Sul. Durante uma conversa com jornalistas a bordo do Air Force One, a caminho do Japão, Trump afirmou que as negociações estão avançando e que um entendimento sobre o futuro do aplicativo TikTok nos Estados Unidos pode ser alcançado ainda esta semana.

Essas declarações acontecem no contexto de uma série de compromissos que Trump firmou durante sua viagem à Ásia. Desde domingo, ele anunciou novos acordos comerciais e de minerais com Malásia e Camboja, além de parcerias com Tailândia e Vietnã. O objetivo dos países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é reduzir barreiras comerciais, aumentar as importações de produtos agrícolas e energéticos norte-americanos e cooperar em relação a controles de exportação e sanções.

Nos acordos, os Estados Unidos manterão tarifas de 19% sobre a maioria das exportações da Malásia, Camboja e Tailândia, com algumas exceções. O Vietnã, que registrou um superávit de US$ 123 bilhões com os EUA em 2024, continuará a enfrentar tarifas de 20%, mas se comprometeu a aumentar as compras de produtos americanos.

Trump também teve uma importante reunião com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e um novo acordo entre Brasil e EUA é esperado para os próximos dias ou semanas.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, informou que a proposta de tarifas de 100% sobre produtos chineses “está efetivamente fora da mesa”, o que indica um avanço nas conversas. Em entrevista, ele ressaltou que o novo entendimento pode trazer benefícios para os produtores americanos de soja, que foram prejudicados pela interrupção das compras chinesas desde o início da guerra comercial.

Bessent ainda afirmou que a China deve adiar em um ano a implementação de novos controles sobre exportações de terras raras. Especialistas econômicos apontam que tanto os Estados Unidos quanto a China devem fazer concessões durante as negociações, incluindo a retomada das compras de soja e a manutenção da trégua tarifária atual.

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