O diretor do Federal Reserve, conhecido como o banco central dos Estados Unidos, Stephen Miran, comentou sobre a redução do déficit fiscal do país e seu impacto nas taxas de juros. Ele explicou que essa diminuição tem levado a um nível mais baixo de juros neutros, o que torna a política monetária do banco central mais rigorosa. Durante uma entrevista, Miran observou que, apesar do mercado acionário estar em alta, as condições financeiras ainda não estão totalmente relaxadas.
Miran também destacou que as novas políticas comerciais e econômicas do governo Trump estão influenciando a economia americana de forma não monetária. Ele acredita que essas iniciativas podem estimular o crescimento da produtividade e do Produto Interno Bruto (PIB) potencial, ao mesmo tempo em que diminuem as pressões inflacionárias.
Em relação às tarifas impostas pelo governo, Miran afirmou que, até o momento, não notou grandes impactos nos preços para os consumidores. Ele explicou que a “elasticidade da demanda” e a variedade de fontes de oferta ajudam a evitar aumentos significativos de custos. Segundo ele, o impacto negativo dessas tarifas tem sido mais sentido por empresas estrangeiras.
Além disso, Miran ressaltou que a política monetária deve considerar o futuro ao tomar decisões, prevendo uma possível queda na inflação e afirmando que a redução nos preços de moradias ajudará a conter a inflação nos serviços. Ele enfatizou que acompanha de perto a evolução dos preços de moradias, pois acredita que são um indicador importante da economia.
O diretor espera uma trajetória estável para a inflação e considera que as expectativas permanecem firmes, mas está preparado para ajustar suas previsões caso novas informações ou mudanças significativas ocorram.