Política

Programa de reformas deve impulsionar vendas de materiais de construção

O programa Reforma Casa Brasil foi oficialmente lançado pelo governo federal no dia 20 de novembro. A iniciativa vem com a expectativa de impulsionar as vendas de materiais de construção, que enfrentam dificuldades nos últimos meses. O setor de construção tem registrado uma queda nas vendas, em grande parte devido às altas taxas de juros, que dificultam o acesso a crédito.

Cássio Tucunduva, presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), destacou que o setor está passando por um período desafiador. Nos últimos dois meses, as vendas apresentaram retração, e ele acredita que o novo programa pode ajudar a reverter essa situação. Segundo ele, o programa beneficiará tanto as lojas quanto os consumidores.

O governo federal tem como meta atingir 1,5 milhão de contratações com o programa, que contará com um orçamento de R$ 40 bilhões. Isso inclui R$ 30 bilhões do fundo social e R$ 10 bilhões da Caixa Econômica Federal. Os financiamentos disponíveis para as famílias variam de R$ 5 mil a R$ 30 mil, e espera-se que os novos aportes financeiros estimulem os consumidores a investir ainda mais em suas reformas.

Tucunduva também acredita que os valores dos financiamentos podem ter um efeito multiplicador. Quando uma família decide reformar, o custo total frequentemente ultrapassa os R$ 30 mil, levando-os a complementar o financiamento com recursos próprios. Dessa forma, o montante total investido no setor pode chegar a R$ 40 bilhões ou até R$ 45 bilhões, contribuindo significativamente para o aumento nas vendas.

Embora o programa entre em vigor apenas em novembro, os efeitos nas vendas são aguardados para o ano de 2026. A projeção da Anamaco indica que o faturamento do varejo de materiais de construção pode alcançar R$ 240 bilhões em 2025, representando um aumento de 2,6% em relação aos R$ 233,8 bilhões registrados em 2024.

Um levantamento da Anamaco revelou que o faturamento das lojas de materiais cresceu 3,1% entre janeiro e agosto de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Apesar disso, a percepção de piora recente no setor gerou preocupações entre os comerciantes.

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