Inflação do IGP-DI sobe menos do que o esperado em setembro

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) cresceu 0,36% em setembro, um aumento menor do que o esperado. Em agosto, o índice havia registrado um avanço de 0,20%. A expectativa de analistas era de um aumento de 0,43%. Com esse resultado, o IGP-DI acumulou uma alta de 2,31% nos últimos doze meses.
Um dos componentes principais do IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa 60% do índice total, subiu 0,30% em setembro. No mês anterior, esse índice havia apresentado um aumento de 0,35%. O economista Matheus Dias, da Fundação Getulio Vargas (FGV), destacou que a alta na inflação ao produtor foi impulsionada por aumentos em commodities como café, milho e carne bovina, que registraram variações de 14,81%, 4,27% e 1,72%, respectivamente.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que compõe 30% do IGP-DI, foi outro indicador que teve variação significativa. Ele subiu 0,65% em setembro, revertendo uma queda de 0,44% em agosto. Dias mencionou que o reajuste relacionado ao bônus de Itaipu teve um papel importante nessa alta. Esse ajustes na conta de energia elétrica foram responsáveis por um aumento de 2,13% no grupo Habitação em setembro, após um recuo de 0,80% no mês anterior. O bônus é um valor anual que os consumidores recebem, baseado no saldo da comercialização de energia da usina hidrelétrica binacional Itaipu.
Por fim, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) teve uma desaceleração na alta, passando de 0,52% em agosto para 0,17% em setembro.
O IGP-DI é calculado com base nos preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil, sendo seus valores coletados desde o primeiro até o último dia do mês de referência.