Governo busca superávit de R$ 27 bi no 4T para meta fiscal

O governo federal brasileiro precisa arrecadar um superávit primário de R$ 27,1 bilhões no último trimestre de 2025 para atingir a meta fiscal estabelecida. Essa informação foi divulgada no mais recente Relatório de Acompanhamento Fiscal, publicado pela Instituição Fiscal Independente do Senado.

Uma decisão recente do Congresso, que rejeitou uma Medida Provisória alternativa à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), complicou a situação. O governo já contava com uma arrecadação de R$ 10,6 bilhões com essa medida ainda para este ano, o que alterou as suas projeções fiscais. Sem essa receita, o governo pode precisar adotar medidas de contenção de despesas, algo que será avaliado no próximo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, que será divulgado no final de novembro.

Entre janeiro e setembro de 2025, o governo central registrou um déficit primário de R$ 58,1 bilhões, considerando os gastos que não entram nas contas para a meta fiscal. Para atingir um déficit zero, seria necessário um superávit primário igual ao do déficit acumulado até agora.

Para alcançar a meta mais baixa, que é um déficit de R$ 31 bilhões, o governo enfrentará desafios significativos. Além da frustração nas receitas, um aumento no déficit das empresas estatais, especialmente nos Correios, pode exigir um aporte de recursos do Tesouro. Esses fatores complicam a tarefa do governo de atingir os objetivos fiscais estipulados para o ano.

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