Política

China surge como alternativa à Bolsa americana em tempos incertos

O cenário econômico global apresenta diversos desafios que os investidores devem considerar para proteger seus investimentos. Após a pandemia, o endividamento mundial cresceu e a economia dos Estados Unidos está desacelerando. Além disso, a China tem mostrado um avanço significativo na área tecnológica, enquanto o Brasil enfrenta incertezas políticas com as próximas eleições em 2026.

Atualmente, as moedas fortes estão desvalorizadas e a inflação americana está sendo impactada por novos acordos comerciais. O risco fiscal também é uma preocupação crescente nos EUA, o que pode afetar ainda mais a confiança dos investidores. Diante disso, é fundamental diversificar os investimentos, atendendo a todas as variáveis que impactam a economia.

Renato Breia, especialista em investimentos e CEO da Nord Wealth, ressalta a importância de diversificar os ativos globais. Ele argumenta que a abordagem tradicional de alocação de investimentos no Brasil tem suas limitações, pois muitos brasileiros mantêm a maior parte de seu patrimônio concentrada em ativos nacionais. Breia sugere que o portfólio do investidor brasileiro deve incluir um maior número de ativos globais para melhorar a proteção do patrimônio.

A Nord Wealth já está implementando essa estratégia, mantendo uma alocação de 18% em ativos internacionais para seus clientes mais ricos, um percentual que supera a média do mercado. Para os clientes que possuem menos recursos, a alocação internacional varia entre 5% e 7%, mas há planos para aumentar gradualmente essa exposição.

Um dos focos da diversificação é olhar para além do mercado americano, onde as ações, especialmente no setor de tecnologia, estão consideradas supervalorizadas. Breia e sua equipe acreditam que, apesar da empolgação com a tecnologia e a inteligência artificial, os preços atuais podem não justificar novos investimentos. Portanto, sugerem que os investidores mantenham suas ações americanas, mas em uma proporção menor do que no passado.

Ao mesmo tempo, a recomendação é direcionar investimentos para ações chinesas. De acordo com Caio Zylbersztajn, também sócio da Nord Wealth, a Comissão de Valores Mobiliários da China está investindo pesadamente em tecnologia nas últimas décadas, focando em áreas como robótica, carros autônomos e energias renováveis. Como resultado, as ações chinesas oferecem uma oportunidade interessante devido a seus preços mais acessíveis em comparação com as ações americanas.

Zylbersztajn explica que, com o crescimento contínuo do setor tecnológico na China, investir em ações desse país pode ser uma boa forma de complementar a carteira de investimentos, especialmente para aqueles que já possuem ações brasileiras. Essa estratégia permite que os investidores aproveitem tendências emergentes de forma mais equilibrada, sem estar excessivamente expostos ao mercado americano em um momento de altas avaliações.

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