Política

Brasil realiza terceiro leilão do Eco Invest com hedge cambial

O governo brasileiro anunciou detalhes de um novo leilão do Eco Invest, programado para atrair investimentos estrangeiros voltados a projetos de inovação e sustentabilidade. Essa edição introduz, pela primeira vez, um mecanismo de proteção cambial, conhecido como hedge cambial.

Lançado no ano passado, o programa Eco Invest tem como objetivo direcionar capital internacional a iniciativas de sustentabilidade de longo prazo. O primeiro leilão ocorreu em outubro de 2022 e o segundo foi realizado em agosto de 2023, com foco na recuperação de pastagens degradadas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que a inclusão da proteção cambial representa um avanço importante para aumentar a confiança dos investidores estrangeiros. Essa ação tem o potencial de atrair capital de longo prazo e promover projetos que contribuam para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

Os recursos do Eco Invest serão geridos por instituições financeiras que criarão estratégias para minimizar os riscos cambiais e de desempenho dos projetos. As propostas dessas instituições devem ser apresentadas até 19 de novembro. A expectativa, segundo Rogério Ceron, secretário do Tesouro, é que sejam lançados de três a quatro fundos de private equity, totalizando entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões em investimentos.

Assim como nos leilões anteriores, os bancos devem mobilizar capital privado, detalhando quanto será investido em ações em apoio a fundos e projetos. O governo informa que os recursos arrecadados nesta edição apoiarão empresas de base tecnológica e ampliarão startups que atuam em áreas como bioeconomia, transição energética e economia circular. Isso inclui iniciativas voltadas para bioplásticos, gestão de resíduos sólidos e reciclagem de baterias.

Além disso, um quarto leilão do Eco Invest está previsto para ser anunciado ainda este ano, antes da Conferência das Partes COP30, que acontecerá em novembro em Belém. A próxima edição irá concentrar-se no bioma amazônico e nas oportunidades dentro da bioeconomia.

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