O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou nesta segunda-feira os cinco finalistas que podem substituir Jerome Powell na presidência do Federal Reserve, o banco central americano. O presidente Donald Trump afirmou que pretende tomar uma decisão sobre o novo indicado até o final do ano.
Os candidatos são todos conhecidos no cenário econômico. Entre eles estão os atuais membros do conselho do Fed, Christopher Waller e Michelle Bowman, além do ex-governador Kevin Warsh, do diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, e do executivo da BlackRock, Rick Rieder. Bessent revelou as informações durante uma viagem no Air Force One, ressaltando que planeja realizar mais entrevistas antes de apresentar uma lista final a Trump após o feriado de Ação de Graças.
Trump, ao comentar o assunto, criticou Powell, dizendo que ele não é uma pessoa inteligente por não ter cortado as taxas de juros, algo que, segundo o presidente, estaria segurando a economia. O mercado aguarda que o Fed reduza as taxas em 25 pontos-base na reunião que termina em 29 de outubro, o que seria a segunda queda consecutiva. Antes de retomar esses cortes, Trump havia solicitado uma redução de três pontos percentuais.
Além disso, Trump também mencionou que não acredita que Bessent deixará seu cargo atual para assumir a presidência do Fed. O próximo presidente será nomeado para um mandato de 14 anos como governador do banco central, começando em 1º de fevereiro. Este mandato está atualmente ocupado por Stephen Miran, que está de licença do cargo de presidente do Conselho Econômico da Casa Branca.
O indicado precisará passar pela confirmação do Senado, onde será analisado minuciosamente sobre suas posições a respeito da economia, política monetária e a independência do banco central. O novo presidente terá um papel importante, pois precisará balancear o desejo de Trump por juros mais baixos e ao mesmo tempo manter a confiança dos investidores.
Jerome Powell, por sua vez, verá seu mandato como presidente expirar em maio, mas continuará como governador até início de 2028. Ele ainda não se manifestou sobre a possibilidade de deixar a presidência do Fed quando seu tempo à frente do banco central terminar. Caso permaneça, poderá representar um desafio ao novo presidente dentro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
Atualmente, o FOMC enfrenta desafios significativos na economia dos EUA, incluindo uma desaceleração nas contratações, o que aumenta as preocupações com um possível aumento no desemprego. Para lidar com essa situação, os oficiais do Fed reduziram as taxas em setembro e devem fazer o mesmo na próxima reunião.
Por outro lado, uma parte significativa do FOMC manifesta preocupação com a inflação, que ainda está acima da meta de 2% estabelecida pelo banco. Esses membros também observam sinais de crescimento acelerado no terceiro trimestre, o que exige cautela em qualquer decisão de redução excessiva das taxas.
