Médicos de Cuiabá debatem doação de órgãos no SUS

Nesta segunda-feira, dia 29, profissionais da saúde pública de Cuiabá se reúnem para debater a doação de órgãos e tecidos. O evento começa às 14h no auditório do Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá, situado na Avenida General Valle, no bairro Bandeirantes. O encontro contará com a participação do médico Douglas Saldanha e da enfermeira Eliana Valéria Kanso, ambos membros da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante.
Além deles, estarão presentes a coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso, Anita Ricarda da Silva, e a responsável técnica da mesma central, Heloise Helena Siqueira Borges. O objetivo é aprofundar a discussão sobre a doação de órgãos entre os profissionais que atuam na saúde de Cuiabá.
De acordo com a diretora Marlucia Pereira de Souza Costa, a doação de órgãos é um ato de solidariedade que pode salvar vidas e melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas. Um único doador pode ajudar vários receptores, oferecendo uma nova chance de vida. Marlucia destaca a competência da equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CHIDOTT) do Pronto-Socorro Municipal, que é formada por profissionais qualificados e está preparada para gerenciar o processo de doação. Ela reforça a importância de comunicar o desejo de ser doador à família, pois esse gesto pode salvar vidas.
No Brasil, a doação de órgãos requer autorização da família quando ocorre a morte do doador, que deve ser confirmada através de morte encefálica. Após a confirmação, o paciente é inserido em uma lista única de espera gerenciada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Os órgãos são avaliados e distribuídos com base na compatibilidade e na gravidade dos casos. Tanto pessoas falecidas quanto, em situações específicas, doadores vivos podem realizar doações.
O processo para doação de órgãos de pessoas falecidas envolve algumas etapas:
1. A equipe médica confirma a morte encefálica do paciente.
2. A família é informada sobre o óbito e o processo de doação, sendo necessário um consentimento formal.
3. Se houver autorização, os órgãos são avaliados e preservados para transplante.
4. Após a autorização, os órgãos são colocados na lista única de espera do SNT.
5. A Central de Transplantes usa um sistema para encontrar o receptor mais compatível, que pode estar no mesmo estado ou em qualquer parte do país, dependendo da urgência e do tipo de órgão.
Essas informações são essenciais para aumentar a conscientização sobre a doação de órgãos e seus procedimentos, contribuindo para salvar vidas.