Economia

FMI revisa projeção para economia brasileira em 2025 e 2026

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou suas previsões para a economia brasileira, aumentando a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023, mas prevendo uma desaceleração mais acentuada em 2026. No novo relatório, a estimativa para este ano passou de 2,3% para 2,4%. No entanto, para 2026, a projeção foi reduzida de 2,1% para 1,9%.

O FMI observou que o Brasil apresenta sinais de desaceleração econômica em meio a políticas monetárias e fiscais mais rigorosas. Embora tenha havido um crescimento de 0,4% no PIB brasileiro no segundo trimestre de 2023 em comparação com o primeiro, os dados indicam que a economia está enfrentando um enfraquecimento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os resultados do PIB do terceiro trimestre no dia 4 de dezembro.

Uma das causas da pressão sobre a economia brasileira é a alta taxa de juros, atualmente em 15%. O Banco Central do Brasil informou que entrou em um novo estágio de política monetária, mantendo a Selic em níveis elevados por um período prolongado, visando a meta de inflação. O FMI estimou uma inflação média anual no Brasil de 5,2% para este ano e de 4% para o próximo, lembrando que a meta oficial é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Além disso, o FMI incluiu o Brasil entre os países que podem ver um aumento significativo na dívida em relação ao PIB em 2025, junto com nações como a China, França e Estados Unidos. Essa análise se baseia nas previsões dos saldos primários para esses países.

O Brasil também se beneficiou de uma produção agrícola recorde e do crescimento robusto do setor de serviços, fatores que contribuíram para a melhora das projeções do FMI para as economias emergentes, que agora estima um crescimento de 4,2% para 2023. Sem considerar a China, a atividade econômica do grupo foi mais forte do que o esperado no primeiro semestre.

No entanto, o relatório destacou que condições externas estão se tornando mais desafiadoras. Tarifas mais altas impostas pelos Estados Unidos foram mencionadas como um fator que reduz a demanda externa, o que pode afetar profundamente economias dependentes de exportações. A incerteza em relação às políticas comerciais também tem minado o interesse das empresas em realizar investimentos. Por fim, a capacidade do governo para estimular a demanda interna está sendo restringida por um ambiente fiscal apertado.

No contexto da América Latina e Caribe, a previsão de crescimento é de 2,4% para 2025 e 2,3% para 2026, com ajustes positivos para o México, que teve suas estimativas de crescimento aumentadas para 1%.

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