O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou suas críticas à Universidade Harvard nesta terça-feira, 15 de outubro. Ele ameaçou revogar a isenção fiscal da instituição e pediu uma retratação pública. O aumento da tensão ocorreu após o governo federal anunciar a suspensão de US$ 2,2 bilhões (aproximadamente R$ 13 bilhões) em financiamentos destinados à universidade.
Em uma publicação na rede social Truth Social, Trump sugeriu que Harvard deve ser considerada uma entidade política se continuar a “promover ideologias” que, segundo ele, estariam ligadas a “apoio ao terrorismo”. “Talvez Harvard deva perder seu status de isenção fiscal e ser tributada como entidade política”, escreveu. “Lembrem-se, a isenção fiscal depende totalmente de atuar no interesse público!”, ressaltou.
Nos Estados Unidos, universidades têm direito à isenção de impostos federais, um benefício que pode ser revogado caso as instituições se envolvam em atividades políticas ou se afastem de sua missão educacional.
Em seguida, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente deseja ver um pedido formal de desculpas por parte da universidade. “O presidente quer ver Harvard se desculpar, e Harvard deveria se desculpar”, declarou.
A relação entre Harvard e o governo se deteriorou depois que a universidade recusou uma série de mudanças solicitadas. As exigências incluíam revisões nos critérios de contratação e admissões, auditorias externas de departamentos acusados de promover assédio antissemita e monitoramento de alunos considerados “hostis” aos valores americanos.
Harvard respondeu afirmando que essas exigências comprometem sua autonomia e caracterizou os pedidos como ilegais. A postura firme da instituição é vista como um ponto de inflexão nas tensões entre o governo federal e as universidades de elite, especialmente em um contexto mais amplo de cortes e pressões no setor acadêmico americano.