Os operadores do Aeroporto Internacional de Muan, onde o voo 2216 da Jeju Air sofreu um acidente em dezembro, não seguiram as diretrizes internacionais e sul-coreanas para a prevenção de colisões com aves. O trágico incidente resultou na morte de 179 pessoas das 181 a bordo.
A queda do avião ocorreu em 29 de dezembro, após o piloto declarar estado de emergência ao atingir aves durante a descida. O avião pousou de barriga, deslizou pela pista e colidiu com uma barreira de concreto, provocando uma explosão. Investigações subsequentes apontaram a presença de penas e sangue de pato-de-baikal nos motores da aeronave, espécie que costuma voar em grandes bandos.
Este acidente ocorreu apenas dez dias após um alerta do comitê de prevenção de colisões com aves, que havia discutido a crescente incidência desse tipo de incidente no aeroporto. Apesar disso, a falta de pessoal e de equipamentos adequados, como câmeras de imagem térmica e radares de detecção de aves, recomendados pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), comprometeu a eficácia das medidas de segurança.
Desde a inauguração do aeroporto em 2007, advertências sobre os riscos de colisões com aves foram emitidas, mas as ações corretivas não foram adequadas. Durante uma audiência parlamentar, constatou-se que apenas um patrulheiro de aves estava de plantão na noite do acidente, enquanto o mínimo necessário era de dois.
Como consequência da tragédia, o governo da Coreia do Sul anunciou um investimento de 247 bilhões de won (aproximadamente R$ 1 bilhão) ao longo de três anos, visando aprimorar as medidas de prevenção de colisões com aves em todos os aeroportos do país.