As autoridades chinesas responderam com veemência às tarifas de 125% impostas sobre produtos chineses, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 10 de outubro de 2023. Em declarações públicas, representantes do governo da China esclareceram que o país não aceitará pressões unilaterais e que está preparado para uma guerra comercial, caso os Estados Unidos persitam em suas ações.
Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou que o governo “absolutamente não ficará de braços cruzados enquanto outros tentam retirar os direitos e interesses legítimos do povo chinês ou sabotar as regras do comércio internacional e o sistema multilateral”.
Com um tom ainda mais incisivo, o Ministério do Comércio ressaltou: “Se os EUA estão determinados a travar uma guerra comercial, a China lutará até o fim”. A pasta destacou que qualquer negociação deverá ser baseada em respeito mútuo e igualdade, rejeitando o que classificou como “pressões, ameaças e chantagens”.
Além disso, Pequim acusou Washington de utilizar tarifas para obter “ganhos egoístas”, indicando que suas contramedidas buscam não apenas proteger seus interesses, mas também assegurar “a justiça internacional e os interesses comuns da comunidade internacional”.
Apesar da firmeza nas declarações contra os EUA, as autoridades chinesas reafirmaram sua disposição para o diálogo e a cooperação com outros parceiros comerciais. O presidente Xi Jinping, em uma mensagem enviada à cúpula da CELAC, enfatizou a importância da relação entre a China e a América Latina para o fortalecimento do Sul Global. Em seu comunicado, ele destacou que “as relações China-América Latina resistiram ao teste da turbulência internacional e entraram em uma nova fase marcada pela igualdade, benefício mútuo, inovação, abertura e benefícios tangíveis para o povo”.