Na terça-feira, 8 de outubro de 2023, o Banco do Povo da China (PBoC) fixou a taxa de referência do yuan em 7,2038 em relação ao dólar, marcando a primeira vez desde setembro que a cotação ultrapassa a barreira de 7,20. Essa taxa é monitorada de perto como um sinal da postura de Pequim em relação ao suporte à sua moeda.
A alteração nas taxas do yuan coincide com as tensões comerciais em crescimento entre os Estados Unidos e a China, especialmente após a recente imposição de tarifas pelo governo do presidente Donald Trump. Como resultado, o yuan sofreu uma desvalorização nas negociações matutinas. Às 8h30 (horário de Brasília), o dólar alcançou 7,3386 yuans no mercado onshore, o que representa o menor patamar desde setembro deste ano, enquanto no mercado offshore a cotação foi de 7,3631 yuans, o nível mais baixo desde fevereiro de 2023.
A medida de alívio no controle do yuan reflete os esforços da China para estabilizar seus mercados financeiros em meio ao aumento das tensões comerciais com os EUA. Entretanto, especialistas alertam que Pequim deve evitar uma desvalorização acentuada de sua moeda para não agravar a relação com Washington, desestimular o investimento estrangeiro e potencialmente provocar instabilidade financeira interna.
Em adição a essas medidas, na madrugada do mesmo dia, autoridades chinesas anunciaram novas ações para impulsionar os mercados, permitindo que a Administração Reguladora Financeira Nacional (NFRA) autorize seguradoras do país a aumentar os investimentos em ações.
*Informações adicionais fornecidas pela Dow Jones Newswires.