Seguro de saúde e o impacto no diagnóstico de câncer de mama

Em outubro de 2020, a corretora Elaine França, de 46 anos, começou a sentir dor no braço e decidiu procurar um médico. Após realizar exames, como ultrassonografia e mamografia, encontrou um nódulo suspeito. Depois de uma biópsia, o diagnóstico foi confirmado: câncer de mama grau 3, com um tumor de 7 cm na mama direita.
Meses antes do diagnóstico, Elaine havia contratado um seguro contra doenças graves. Ao receber a notícia de seu estado de saúde, ela acionou o benefício e, em aproximadamente 30 dias, recebeu R$ 150 mil, quantia que ajudou a manter sua tranquilidade financeira durante um período de afastamento do trabalho de um ano e sete meses.
Ela mencionou que o seguro não cobriu apenas os custos hospitalares, que já eram atendidos por seu plano de saúde, mas também ajudou com despesas do dia a dia, como contas de casa, transporte e alimentação. Elaine afirmou que o recurso foi essencial para lidar com momentos difíceis, permitindo que ela investisse em perucas, terapias e alimentação específica. Com essa assistência, ela pôde focar mais em sua recuperação, sem a pressão de problemas financeiros.
A diretora de produtos de seguros da Azos, Heloisa Falcão, explica que o seguro de vida tradicional pode incluir cobertura para doenças graves. Existem opções que garantem a indenização mesmo em estágios iniciais do câncer, aumentando assim a possibilidade de atendimento. Os clientes também podem personalizar suas apólices com diferentes coberturas, de acordo com suas necessidades.
Falcão ressalta que a cobertura para doenças graves permite que o segurado utilize o valor recebido para qualquer despesa, incluindo aquelas que o plano de saúde não cobre. As seguradoras oferecem a flexibilidade que permite ao paciente priorizar sua saúde e bem-estar sem se preocupar excessivamente com as finanças.
Fernando Brito, sócio da Globo Seguros, informa que o seguro para doenças graves pode ser uma cobertura adicional ao seguro de vida, mas também pode ser contratado separadamente. Os valores para esse tipo de seguro podem variar e normalmente são proporcionais ao valor do seguro de vida, com limites que vão de R$ 500 mil a R$ 1 milhão.
A contratação envolve uma análise do histórico de saúde do solicitante. É preciso preencher uma declaração pessoal e, dependendo da avaliação, a aceitação pode ser imediata ou exigir uma análise mais detalhada. Existe um período de carência, que costuma ser em média 90 dias, além de um prazo de sobrevivência de 30 dias após o diagnóstico em algumas seguradoras, antes que a indenização possa ser paga.
Pessoas com histórico familiar de doenças graves tendem a buscar esse tipo de proteção financeira com mais frequência. É importante que o solicitante forneça informações precisas sobre seu estado de saúde, já que omissões podem ser consideradas fraude e resultar na negativa de indenização.
Casos como o de Elaine mostram como o seguro contra doenças graves pode ser fundamental para assegurar a qualidade de vida dos pacientes durante o tratamento, aliviando a pressão financeira que acompanha a doença. Esse tipo de seguro complementa o plano de saúde, ajudando a cobrir despesas que não estão incluídas e permitindo que o paciente se concentre na recuperação.
Ter essa proteção financeira é uma forma de precaução, proporcionando segurança e tranquilidade para que os segurados saibam que, se algo inesperado acontecer, sua situação financeira e seus planos estarão resguardados.




